A Springs, fabricante e varejista de produtos para cama, mesa e banho, projeta voltar a ter resultado operacional positivo em 2013. A expectativa é que o lucro antes de juros e impostos (Ebit) alcance entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões, após um prejuízo de R$ 21 milhões no ano passado.
A companhia, subsidiária da Coteminas, prevê atingir receita líquida entre R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões neste ano. O montante representaria uma alta de até 31% em relação à 2012.
Entre R$ 1 bilhão e R$ 1,1 bilhão das vendas líquidas totais no ano devem ser realizadas no canal atacadista na América do Sul. Na América do Norte, a receita alcançará entre R$ 700 milhões e R$ 770 milhões. No varejo brasileiro, onde o grupo opera com as bandeiras M.Martan, Artex e Casas Moysés, as vendas líquidas devem ficar entre R$ 290 milhões e R$ 320 milhões.
As estimativas foram apresentadas no relatório de resultados do primeiro trimestre. No período, a performance operacional piorou, mas o prejuízo líquido recuou 47,2%, para R$ 31,6 milhões, devido ao fim do efeito negativo das operações descontinuadas. A receita líquida avançou 35,5%, para R$ 497,3 milhões. Mas custos de produção, afetados pelo preço da energia, subiram mais.
O presidente da Springs, Josué Gomes da Silva, disse que falhas no abastecimento prejudicaram o crescimento das vendas "mesmas lojas" no trimestre. Ele previu melhora do indicador ao longo do ano, por mudanças feitas na administração da operação de varejo.
Ele informou que a empresa renegociou 75% de sua dívida com vencimento em 2013. Os prazos passaram para 2014 e 2015. A renegociação foi um evento subsequente ao fechamento do trimestre. Ao fim de março, a companhia tinha compromissos financeiros de R$ 388 milhões com limite de pagamento até dezembro.
Veículo: Valor Econômico