A rede de lojas de eletroeletrônicos Casas Bahia continua liderando o ranking dos maiores anunciantes do país, mas a fabricante de bens de consumo Unilever tem acelerado seus investimentos em propaganda e reduziu a distância da primeira colocada. A diferença entre as duas companhias era de 27% em 2011 e chegou a 15% no ano passado. Antes de ser assumido pela Casas Bahia há cerca de uma década, o primeiro lugar era da Unilever. Os valores aplicados pelas duas empresas fazem parte de levantamento que será divulgado hoje pelo Projeto Inter-Meios, coordenado pelo grupo "Meio & Mensagem" e auditado pela PwC.
A pesquisa mostrou que todas as companhias investiram R$ 30,1 bilhões em publicidade na mídia em 2012, uma alta de 6% sobre o ano anterior. O valor considera os descontos médios dados pelos veículos aos anunciantes para propaganda em TV aberta, rádio, TV por assinatura, revistas, jornais, cinema e internet. Também entram no levantamento anúncios em outdoors e mobiliário urbano.
A perspectiva, segundo Regina Augusto, diretora editorial do grupo Meio & Mensagem, é que este ano seja um pouco melhor, já que no segundo semestre deve haver uma injeção de ânimo no setor, com a proximidade da Copa do Mundo e das eleições de 2014. Regina projeta um crescimento em torno de 10% para 2013.
A Caixa Econômica Federal (CEF) aumentou em 58% a compra de mídia em 2012 e passou de quinta para terceira maior anunciante do país. "A Caixa é a nova Petrobras", diz Regina. A estatal do petróleo era o maior anunciante público do país há cerca de três anos, mas a CEF assumiu o papel ao mesmo tempo que aumenta os recursos para outras formas de marketing, como patrocínio nas áreas de esporte e cultura. O Banco do Brasil também avançou no ranking, da 22ª para a 16ª posição.
A TAM Linhas Aéreas registrou o maior aumento na compra de espaço em mídia no ano passado, de 245%, e passou a figurar entre as 100 maiores, em 98º lugar. No ano anterior, a companhia estava em 236º. A Brasil Kirin (ex-Schincariol) também se destacou com expansão de 118%, passando da 53ª para a 30ª posição e investimentos de R$ 200 milhões. A cervejaria investe na consolidação de suas marcas e na divulgação do novo nome. A concorrente Petrópolis anunciou menos, após uma alta expressiva em 2011.
As operadoras Vivo e Oi também avançaram no ranking, ocupando a 6ª e a 12ª posição, respectivamente, com alta em torno de 60% nas compras de espaço na mídia.
A Hypermarcas passou a figurar entre as dez maiores, com alta de 74%, principalmente devido aos maiores investimentos em anúncios de seus medicamentos isentos de prescrição, como Benegrip e Coristina D. A Sky também entrou para o "top 10", com alta de 65%.
Veículo: Valor Econômico