Puxado por bons desempenhos nos segmentos primário e de insumos, sobretudo nas atividades ligadas à pecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 1,17% no primeiro bimestre deste ano, de acordo com cálculos conjuntos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz".
No segmento de insumos, o crescimento no período foi calculado em 1,82%, favorecido sobretudo por combustíveis e rações; no primário, em 1,89% com destaque para o salto da pecuária (2,73%). O PIB das agroindústrias aumentou 0,46% no bimestre, enquanto o das atividades ligadas à distribuição dos produtos do setor subiu 0,88%. Com reflexos sobre toda a cadeia, a pecuária cresceu embalada por preços melhores nos mercados de frango e suínos e a agricultura (1,3%) sentiu os efeitos da recuperação da safra de grãos, mesmo que revisões para baixo na colheita esperada tenham provocado uma desaceleração em fevereiro.
Ainda assim, a CNA projeta um aumento de 8,42% para o volume total a ser produzido pelo conjunto das lavouras do país em 2013, e preços mais elevados. A entidade destacou suas projeções de aumentos expressivos para os valores brutos da produção de arroz, batata, feijão, fumo, mandioca, soja, tomate e trigo. Mas fez uma ressalva em relação ao arroz, já que o excesso de chuvas e as baixas temperaturas durante o desenvolvimento da safra gaúcha por comprometer os resultados inicialmente esperados.
Veículo: Valor Econômico