Com maior intensidade nos últimos anos, o setor de serviços tem ganhado espaço significativo dentro das franquias. Prova disso é o número crescente de operações de lavanderias que têm apostado em operações menores para lucrar.
Dentre os diversos players do setor, como: 5àSec, Restaura Jeans, entre tantos outros -, cabe o destaque à rede Lavasecco, em atuação desde 2005. Mesmo sendo considerada de pequeno porte, pois possui 18 lojas espalhadas pelo Brasil, sendo de apenas oito empresários que detêm mais de uma unidade e quatro sedes próprias, a marca faturou R$ 8 milhões em 2012 e projeta incremento de 20% nessa margem para os próximos meses.
Segundo Maria Alzira Linares, diretora executiva da Lavasecco é por meio de expansão lenta e qualificada que a operação planeja consolidar-se no mercado brasileiro. "Esse nicho carece de operações diferenciadas, locais em que o consumidor tenha consultoria técnica de como conservar suas roupas", disse Maria, ao que conclui. "Por isso procuramos investidores que queiram dedicar todo o seu tempo nesse negócio".
Em breve a rede tem intenção de atuar com pontos de coleta. O sistema é simples, após a abertura de uma franquia, o investidor pode posteriormente inaugurar um novo ponto, espaço esse apenas para a coleta de serviço, conforme explicou Maria Alzira. "Após a abertura da praça, queremos dar a possibilidade do franqueado abrir a segunda operação como um ponto de coleta. O investimento será menor, cerca de R$ 100 mil, e ele consegue alavancar seu faturamento", disse ela.
Toda a preocupação da marca em ter franqueados distintos deve-se à experiência anterior que a executiva teve no ramo. "Eu e meu marido fomos franqueados de uma rede de lavanderia e percebemos que pagávamos muitas taxas pelo uso da marca. Após desistirmos da operação, com a nossa experiência, resolvemos criar uma marca própria", enfatizou a executiva. Após a abertura da primeira loja, houve procura por parte de investidores e com o auxílio de Marcelo Cherto, proprietário da consultoria Cherto, especializada apenas em franchising, a rede passou a crescer por meio de franquias. "Nosso primeiro franqueado foi um empresário que havia desistido de uma marca concorrente".
Mesmo com toda a preocupação e seleção bem rígida, a Lavasecco pretende abrir este ano de 20 a 22 novas lojas, mas isso dependerá do tempo de importação de todo o maquinário. "Para chegarmos a esse número de lojas, tudo dependerá do tempo que se levará para a importação das máquinas, já que todas vêm da Itália", argumentou a executiva ao DCI.
Quem apostou nesse nicho e já colhe os resultados é a Quality Lavandeira, do grupo Acerte Franchising, que acabou de inaugurar duas novas lojas, com o conceito de ponto de coleta. "O ponto de coleta amplia o leque de clientes, atingindo público de uma outra região. Além disso, tem a vantagem de ter custos de investimentos mais baixos, pois não é necessário maquinário", afirmou José Ventura, diretor de expansão.
Veículo: DCI