No comércio de rua, festa junina esconde a Copa

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Oito seleções, seis estádios novos e todos os ingressos vendidos para as partidas de abertura, final e jogos do time brasileiro. Os dados da Copa das Confederações podem sugerir uma população pronta para torcer pela seleção canarinho. Mas nas ruas faltam enfeites e o comércio está pessimista.

"A seleção não empolga. Quem sabe se engrenar na competição, as coisas melhoram", diz Reinaldo Santos, vendedor do Armarinho Delmar, grande casa de artigos da Saara, comércio popular do centro do Rio de Janeiro.

Tradicionalmente envolvida com festejos, hoje as 1.200 lojas da Saara têm mais artigos para festas juninas do que para a Copa das Confederações.

Na casa de festa Aidan, uma rede de seis lojas, das quais quatro estão na Saara, a sub-gerente Eliene de Fátima Costa, conta que muitas pessoas compram os artigos ligados à seleção como brindes para festas juninas.

"Resolvi investir na Copa das Confederações para melhorar as vendas que estavam muito ruins no Dia dos Namorados", conta Roberto Sufam, dono do Armarinho 254, que vende principalmente bijuterias. "Está ajudando. Como a concorrência é pouca, as pessoas já estão comprando para enfeitar as casas".

São poucos os shoppings que aderiram também à competição. A maioria se preparou para receber os turistas com "concierges" em inglês, principalmente nos que estão localizados em cidades sedes, como o BH Shopping e o Iguatemi de Salvador. No Rio, o Shopping Tijuca, o mais próximo do Maracanã, é um dos poucos a fazer evento específico ligado à competição, contando a história do futebol e com partidas de futebol de botão.

Para Christian Gebara, diretor-executivo para Mercado Individual Nacional da Vivo, patrocinadora oficial da seleção brasileiro, as datas comemorativas não atrapalham as promoções. "A Copa tem convivido bem com Dia das Mães, dos Namorados. São mais uma oportunidade para incrementar as promoções".

Em Belo Horizonte, outra cidade-sede, não há nos cruzamentos a infestação de bandeiras, cornetas e bugigangas verde e amarelas. Nas lojas de rua nada também que se pareça com onda de paixão pelo futebol. "A gente não viu até agora volume de dinheiro extra por causa dos jogos", diz Elias Tergilene, dono do Shopping Uai, shopping popular no centro. "Parece que nos outros países a Copa das Confederações agitava mais o comércio", acrescenta. "Não sei se as empresas não se prepararam". Segundo ele, em Manaus, onde a rede Uai também está, a falta de oferta de produtos relacionados à Copa se repete. A capital mineira terá três jogos do campeonato: Taiti e Nigéria, dia 17, Japão e México, dia 22, e uma semifinal, dia 26.



Veículo: Valor Econômico


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