O namoro faz bem ao comércio. E, por mais uma vez, isso ficou provado na pesquisa sobre as vendas à vista e a prazo realizadas na primeira quinzena de junho na Capital paulista. O Dia dos Namorados, comemorado na quarta, 12, foi fundamental para o bom resultado. Os dados divulgados ontem pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostram aumento de 10% nas vendas à vista nos primeiros quinze dias do mês, comparados com igual período de maio, e de 11,6% nas vendas a prazo.
O período registrou, segundo os especialistas, aquecimento no setor de eletroeletrônicos como celulares, smartphones e tablets. Pesou a favor do desempenho também a ausência do feriado de Corpus Christi, que neste ano foi celebrado no final de maio. As informações baseiam-se em amostra de dados de clientes da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), destacou o resultado positivo, mas observou que é necessário esperar até o final do mês para se ter visão melhor do comportamento do comércio. "A primeira quinzena de junho foi beneficiada pelo Dia dos Namorados e pela ausência de feriados no mês, mas o resultado não pode ser projetado para todo o mês", afirmou. É preciso lembrar, observou, que o consumidor está mais cauteloso nos últimos meses.
Ano – Na comparação com os primeiros quinze dias de junho de 2012, as vendas a prazo apresentaram ganho de 4,3% e a comercialização à vista foram 3,2% superiores no mesmo período.
Para o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), Emilio Alfieri, da ACSP, as vendas do Dia dos Namorados foram positivas, puxadas também pela comercialização de itens de uso pessoal, como os destinados à beleza pessoal, joias, bijuterias, CDs e DVDs.
Inadimplência– Quanto à inadimplência, a tendência de queda observada desde o final do ano passado está se confirmando. O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) caiu apenas 0,1%. O IRI avalia o total de registros recebidos e carnês em atraso. Ao mesmo tempo, o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que engloba os registros cancelados e as renegociações de crédito, apresentou ganho de 1,8%, o que aponta que a queda na inadimplência se mantém. Na comparação com a primeira quinzena de maio, o IRI apresentou recuo de 8,3% e o segundo índice caiu 8,6%. Para Alfieri, o resultado pode ser considerado sazonal porque reflete a situação dos consumidores que assumiram compromissos no Natal e estão se desvencilhando dos débitos.
Veículo: Diário do Comércio - SP