Rocket Internet faz aporte na Payleven de R$ 35 milhões

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A Payleven, empresa de pagamentos móveis com operação em sete países, recebeu um investimento de R$ 35 milhões do grupo alemão Rocket Internet. É o terceiro aporte feito pelo grupo à companhia. Os recursos serão usados na expansão da Payleven no Brasil e na implantação do sistema de pagamento com débito em conta corrente usando cartões de banco com chip, disse Adriana Barbosa, executiva-chefe da Payleven.

"Na Europa, o sistema 'chip and pin' foi lançado em fevereiro. A expectativa é oferecer a tecnologia no Brasil a partir de agosto", afirmou Adriana. De acordo com a executiva, a Payleven desenvolveu um software que faz a leitura dos chips (e não apenas de tarjas magnéticas) e permite realizar transações com cartão de crédito e débito. No Brasil, a Pagcom, a Iugu e o PayPal desenvolveram tecnologias para a realização de compras com cartão de débito.

O aplicativo funciona com um leitor de chip e senha conectado a um smartphone ou tablet com o sistema operacional Android, do Google, ou iOS, da Apple. O leitor de cartão funciona com as bandeiras American Express, Diners Club, Elo, Visa e MasterCard.

A Payleven começou a operar em maio do ano passado, com investimento inicial de R$ 25 milhões e atuação na Alemanha, Holanda, Polônia, Itália, Espanha, no Reino Unido e Brasil. Atualmente, possui 10 mil clientes cadastrados, entre microempresas, cooperativas de táxi e profissionais liberais. Adriana disse que a meta da Payleven é alcançar 1,8 milhão de clientes até 2017, número que seria equivalente a 8% da base de profissionais liberais existentes no país. Segundo a executiva, nos Estados Unidos a Square, que possui um serviço semelhante, conseguiu atingir 8% da base de profissionais liberais em três anos. "Para o Brasil, a meta é alcançar o mesmo patamar em quatro anos. É viável, se houver uma boa proposta de valor para os diferentes segmentos de profissionais liberais", disse.

A Payleven cobra R$ 99,90 de taxa de credenciamento e o equivalente a 4,99% do valor das transações efetuadas. Competidores cobram um percentual por transação que varia de 3% a 5% e o preço dos leitores varia de R$ 99 a R$ 120. Alguns também cobram uma mensalidade para a manutenção do serviço.

Como parte do processo de expansão, a companhia também vai investir uma parcela dos recursos no desenvolvimento de um serviço de carteira digital, previsto para ser lançado no próximo mês. No modelo de carteira digital, consumidores inscrevem seus cartões de crédito em uma conta da Payleven e definem uma senha para usar o serviço. Em cada transação realizada na internet, o usuário pode confirmar a compra com a digitação da senha da carteira digital, sem a necessidade de cadastrar seu cartão de crédito em diferentes sites. O serviço é similar ao já oferecido por competidores como PayPal e Pagamento Digital (do BuscaPé).

Outro serviço em desenvolvimento é um software que permite a profissionais liberais fazer a gestão do seu fluxo de caixa e estoque por meio de um aplicativo para tablets e smartphones.

A Payleven mantém escritório em São Paulo com 40 profissionais. A companhia estima ampliar a sua equipe para 54 pessoas no prazo de três anos.



Veículo: Valor Econômico


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