Bolsa de Chicago realizou movimento de realização de lucros, o que afetou os preços internos.
A semana foi de poucos negócios e de preços mais baixos para a soja no mercado brasileiro. Após atingir os melhores níveis em sete meses, a Bolsa de Mercadorias de Chicago apresentou movimento de realização de lucros, deflagrado pela falta de novidades no relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). O desempenho externo afastou os vendedores no mercado doméstico.
O câmbio também mereceu destaque na semana. O dólar comercial seguiu firme e chegou a bater no maior patamar em quatro anos. A estratégia do governo de cortar a alíquota de 1% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aumento de posição vendida em derivativos cambiais ou redução da posição comprada acabou amenizando as altas. Mas ainda assim a moeda norte-americana subiu de R$ 2,123 no dia 6 para R$ 2,133 no dia 13 de junho.
Mas no mercado interno impactou mais a queda da Bolsa de Chicago. A posição julho recuou de US$ 15,27 por bushel para US$ 15,10 no mesmo período. Como resultado, a saca de 60 quilos permaneceu estabilizada em R$ 67,50 em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, e só não caiu devido ao maior interesse comprador na região. No Paraná, em Cascavel, o preço baixou de R$ 64,00 para R$ 62,50.
No Mato Grosso, a cotação baixou de R$ 59,50 para R$ 56,50, na região de Rondonópolis. O preço também caiu em Dourados, no Mato Grosso do Sul, passando de US$ 59,00 para R$ 57,50. Em Rio Verde (GO), a saca também recuou, de R$ 60,00 para R$ 59,00.
Usda - O relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) não trouxe mudanças para o quadro de oferta e demanda norte-americano para 2013/14. Segundo o Usda, os sojicultores norte-americanos irão produzir 3,390 bilhões de bushels do grão (92,26 milhões de toneladas), ante os 3,015 bilhões de bushels (82,06 milhões de toneladas) projetados para 2012/13. A produtividade da safra 2013/14 está estimada em 44,5 bushels por hectare, contra os 39,6 bushels por hectare previstos para 2012/13.
O Usda aponta que os estoques finais de soja no país somarão 265 milhões de bushels em 2013/14, na comparação com os 125 milhões de bushels da safra precedente. A estimativa de esmagamento é de 1,695 bilhão de bushels para 2013/14, contra 1,660 bilhão de bushels em 2012/13. A projeção de exportação é de 1,450 bilhão de bushels para a temporada 2013/14, contra 1,33 bilhão de bushels em 2012/13.
A estimativa para a safra mundial ficou em 285,3 milhões de toneladas. Em maio, o número era de 285,5 milhões de toneladas. Os estoques globais foram reduzidos de 74,96 milhões para 73,69 milhões de toneladas.
Maior produtor mundial, os Estados Unidos deverão colher 92,26 milhões de toneladas, número inalterado sobre maio. As projeções de produção do Brasil e da Argentina também não tiveram alterações e estão estimadas em 85 milhões e 54,5 milhões, respectivamente.
A China deverá produzir 12 milhões de toneladas e importar 69 milhões de toneladas, números inalterados.
Em relação à temporada 2012/13, o Usda está estimando safra de 267,61 milhões de toneladas e estoques mundiais de 61,21 milhões. O Brasil tem produção estimada em 82 milhões de toneladas e a Argentina, em 51 milhões de toneladas. Os chineses deverão produzir 12,6 milhões e importar 59 milhões de toneladas.
Veículo: Diário do Comércio - MG