Brasília - O comércio foi o único setor que demitiu mais trabalhadores do que contratou nos cinco primeiros meses do ano. De janeiro até maio, foram fechadas 30.731 vagas de emprego formal. O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, afirmou que não esperava um desempenho "tão ruim" e atribuiu as demissões às expectativas frustradas dos comerciantes.
"O crescimento que esperávamos acabou não ocorrendo. Em 2013, o desempenho do varejo está aquém dos anos anteriores, aí os empresários começaram a reduzir o quadro", justificou.
Em maio, as contratações superaram as demissões no comércio em apenas 36 vagas, o que representa estabilidade. Pellizzaro aposta que é a tendência para a geração de empregos no setor até o fim do ano. "Sem crescimento alto e sem queda", definiu.
As demissões não devem crescer nos próximos meses, de acordo com ele, porque o segundo semestre é tradicionalmente mais aquecido para o varejo. quando os consumidores pagaram a maioria dos impostos no início do ano e recebem o décimo terceiro salário. Também estimulam as vendas datas comemorativas como Dia dos Pais, das Crianças e Natal.
Para o ano que vem, Pellizzaro ainda não arrisca um palpite e diz que até as recentes manifestações no Brasil podem afetar. "Se resultarem em instabilidade política para o País, a conseqüente instabilidade econômica é certa. Aí, a população segura os gastos", disse. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG