Argentina pune varejo por aumento de preços

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O secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, determinou ontem o fechamento de filiais das quatro maiores redes de supermercado do país. A medida é uma advertência pela não garantia do abastecimento de produtos que fazem parte de uma lista de 500 itens cujos preços estão congelados desde o início do mês passado.

Ficaram fechadas pela manhã as unidades do Wal-Mart em Avellaneda, do Carrefour em Tigre e do Jumbo (grupo Cencosud) em Tapiales, todos na região metropolitana de Buenos Aires, além da principal filial do nacional Coto na capital argentina, segundo informação da agência oficial Télam. Os supermercados já estão autorizados a reabrir suas filiais.

O governo argentino mudou neste ano seu comportamento em relação ao problema de inflação no país. Até 2012, a tática era ignorar o fenômeno. Desde 2007, o governo divulga um índice inflacionário da ordem de 10% ao ano, cuja credibilidade é discutível. A inflação efetiva no país, de acordo com diversos agentes econômicos dentro e fora da Argentina, oscila entre 20% e 30% ao ano.

Nos últimos meses, a presidente Cristina Kirchner passou a dizer que as remarcações são um modo da indústria e do comércio de recompor margens de rentabilidade. Um congelamento informal de preços, bem-sucedido nas grandes redes, foi feito entre fevereiro e abril, mas houve uma aceleração inflacionária depois de o tabelamento ficar restrito a 500 itens.

De acordo com levantamento da ONG Consumidores Libres, feito apenas nas redes Coto e Jumbo, somente nos últimos 30 dias a farinha de trigo aumentou 22%, o tipo de queijo mais consumido no país subiu 5,5%, o arroz e a erva-mate subiram 5% e a carne moída, 2,6%.

 

Veículo: Valor Econômico


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