Abertura da Minas Láctea traz novidades

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Mais de 130 empresas participam do evento e cerca de 600 produtos de todo o país estão em exposição .

As novidades em maquinário, embalagens e produtos do setor lácteo estão sendo mostrados desde ontem no Minas Láctea, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Empresas de todo o Brasil aguardam o evento para apresentar seus lançamentos devido ao público tradicionalmente segmentado e ao mercado aquecido. Mais de 130 empresas participam da Minas Láctea e cerca de 600 produtos de laticínios de todo o país estão em exposição.

"O empresário está investindo em automação porque a mão de obra está escassa e mais cara, enquanto o crédito, por enquanto, está acessível. Como ainda é grande o número de laticínios com processo manual, acredito que há muito espaço para o crescimento do mercado de máquinas e a expectativa para a Minas Láctea neste ano é positiva. O giro de negócios deve ser de R$ 200 milhões", afirma Marcelo Lana, presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Uma máquina que forma bandejas, dosa o produto lácteo e sela com tampa metalizada, mas em vez de 35 bandejas de quatro iogurtes por exemplo a padronizadora mecânica da Imaaj promete produzir 50. Pela primeira vez, a máquina está sendo exposta, e dois clientes do Sul e do Nordeste já agendaram visita ao estande da empresa de Sapucaia, no Rio de Janeiro. "O processo mecânico, em vez de pneumático, possibilitou um equipamento mais compacto e altamente produtivo", explica Aderbal Bonfante, diretor da Imaaj.

Também em exposição pela primeira vez, essa máquina "retira da salmoura a bactéria e a proteína da qual a bactéria se alimenta", explica Milton Francisco dos Santos, diretor comercial da Padroniza, de Bauru (SP). Santos prefere não revelar o preço, mas afirma que o custo é baixo pelo que a máquina faz.

A Separatori, também de Bauru, apresenta uma padronizadora que clarifica e retira a nata tanto quanto o produto demandar. " a primeira padronizadora de leite 100% nacional", ressalta Marcos Francisco, diretor industrial da empresa. Participante há 15 anos do evento, ele explica que "esta feira sinaliza as vendas para o ano todo. Um cliente traz outro e aqui damos desconto. Esperamos aumentar as vendas neste ano em 25%."

Proprietário da Delgo, Fernando Dias Gomes, fabricante de máquinas para envase, aposta em um selo de alumínio (lacres para embalagens de requeijão e manteiga por exemplo) que permite impressão em alto relevo. "O cliente expõe a marca sem aumento de custo, e é um produto sustentável, porque não usa tinta", observa Gomes.

Fabricante de máquinas para envase, ele diz que o segmento de laticínios está aquecido. "Com a mão de obra mais cara, o crédito mais barato, o empresário investe em automação. E como ainda é grande o número de laticínios com processo manual, acredito que há muito espaço para o crescimento do mercado de máquinas", conclui.

Já faz três anos que a Águia Inox, de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, espera o evento em Minas para apresentar sua nova máquina. "Primeiro foi uma drenoprensa automática, que drena, prensa a massa e depois corta. Em seguida foi uma modadeira carrossel na qual o queijo já sai enformado. Neste ano trouxemos uma drenoprensa menor e vertical que economiza espaço e já derrama a massa na forma. Isso é muito importante porque diminui demais o risco de contaminação do queijo", explica Luiz Gonzaga Junior, engenheiro de produtos e vendas da Águia Inóx. "Sempre fazemos bons negócios aqui, porque o movimento é grande.  uma oportunidade para o cliente ver a máquina e entender o processo", completa.

Além de máquinas, também há estandes com embalagens. Thiago José de Oliveira, coordenador de vendas da Embali, empresa do Espírito Santo, quer aproveitar o evento para ampliar o mercado. "Queremos conquistar as grandes cooperativas de Minas. Vou rodar a feira para prospectar e fazer networking. Queremos executar projetos de clientes e desenvolver produtos exclusivos para eles", diz.


Insumos
- Outro segmento presente no Minas Láctea é o de insumos. A ICL Food Specialties, antiga BKG Adicon, vai expor a "Salona", que é um sal do mar morto para fabricação de lácteos de baixo sódio, uma tendência do mercado. "O consumidor está mais preocupado com a saúde e os governos também têm metas de reduzir os casos de hipertensão. Vamos apresentar uma muçarela e amêndoas com salona e também queijo com estabilizante de baixo sódio", diz katarina Wagner, gerente de Marketing da ICL.

Líder mundial em soluções para processamentos, a novidade da Tetra Pak é um sistema de rastreabilidade ativa que registra todo o histórico do processo de produção. Segundo o vice-presidente de Estratégia e Negócios América Central e Sul, Eduardo Eisler, a rastreabilidade ativa garante à indústria de alimentos uma maior transparência de seu processo produtivo, de forma que possa controlá-lo de maneira mais eficiente. A ferramenta permite à indústria disponibilizar informações de produção pela internet para que o consumidor tenha a confiança de estar consumido um alimento seguro e nutritivo.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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