Previsões de clima mais frio e úmido nas regiões produtoras do Brasil impulsionaram os preços futuros do café arábica ontem, na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em setembro subiu 1,6% e fechou a 127,95 centavos de dólar por libra-peso, patamar mais alto desde 10 de junho. Temperaturas mais baixas podem atrapalhar a colheita em andamento no País, que deve ser a maior já registrada para um ciclo de baixa produção.
A apreciação do real frente ao dólar, que costuma inibir as vendas pelos cafeicultores brasileiros, também teve impacto nas cotações, já que o Brasil é o maior produtor mundial. Outro fator que influenciou o mercado foi a forte queda das exportações da variedade robusta pelo Vietnã. Segundo analistas, isso pode significar uma demanda maior pelo arábica. Ainda na Bolsa de Nova York, o cacau subiu 0,5% e fechou no nível mais alto em cinco semanas, depois que dados mostraram um aumento de 2% no processamento da amêndoa na Ásia no segundo trimestre. Os números de processamento de cacau são vistos como um termômetro da demanda por chocolate.
Na Bolsa de Chicago, o milho caiu 1,7% e a soja, 0,2%. Esses grãos foram influenciados por nova mudança nas previsões meteorológicas para a região produtora dos EUA, que desta vez indicaram clima mais favorável às plantações. Segundo especialistas, os preços devem continuar se movendo conforme essas previsões, pois as lavouras do país estão entrando em um período crítico para seu desenvolvimento.
Veículo: O Estado de S. Paulo