Mattel vende menos Barbies e ações caem

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As vendas trimestrais Barbie caíram 12% e deram sinais de que a da boneca fabricada pela Mattel começa a sentir o peso dos anos, com as meninas voltando sua atenção para personagens mais novos. É a quarta queda trimestral consecutiva nas vendas da Barbie.

A Mattel, maior fabricante mundial de brinquedos, teve lucro e vendas no segundo trimestre abaixo das expectativas de Wall Street. As ações caíram 7,1%, cotadas a US$ 43,03, depois do anúncio dos resultados. O CEO da Mattel, Bryan Stockton, disse que as vendas da Barbie foram, em parte, canibalizadas por outras marcas da Mattel, em especial as bonecas Monster High - que representam estudantes colegiais góticas e mórbidas, que se tornaram muito populares.

A Mattel, contudo, não está abandonando a Barbie, de 54 anos. Stockton disse que a boneca ainda "se comunica com as aspirações que sabemos que as garotas gostam de brincar". A empresa va lançar uma série de produtos digitais da Barbie neste ano, segundo o CEO.

"Parece que podemos estar entrando em um declínio cíclico da Barbie", disse o analista Gerrick Johnson, da BMO Capital Markets. Afirmou que as vendas da Barbie nos EUA caíram cerca de 50% desde 2000, declínio influenciado em grande parte pelo lançamento das bonecas Bratz, da MGA Entertainment. A Bratz desencadeou uma disputa de propriedade intelectual perdida pela Mattel.

Em comparação ao pior desempenho da Barbie nos EUA, observado em 2008, quando as vendas caíram para US$ 371 milhões, haveria recuperação, já que neste ano atingiriam US$ 462 milhões, segundo o analista. As vendas mundiais da Barbie, que tiveram queda trimestral de 12%, poderiam chegar a US$ 1,3 bilhão neste ano.

O lucro líquido trimestral da Mattel caiu 24%, em relação ao segundo trimestre de 2012, para US$ 73 milhões, enquanto as vendas totais subiram 1%, para US$ 1,2 bilhão. O lucro por ação foi de US$ 0,21, abaixo do US$ 0,32 por papel esperado em Wall Street.

Stockton disse que cerca da metade do declínio nas vendas da Barbie na América do Norte pode ser atribuída à decisão de transferir parte do marketing e promoções da primeira para a segunda metade do ano. Ressaltou que as marcas de bonecas da Mattel são "complementares" e que a receita da Barbie foi maior do que quando lançou as Monster High, em 2010. (Tradução de Sabino Ahumada)

 

Valor Econômico


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