A Wal-Mart Stores pode superar a pior temporada de compras de fim de ano em quatro décadas pela força de sua marca.
A maior rede de descontos do mundo possui a marca mais valiosa no setor de varejo americano por uma larga margem, conforme a Interbrand Design Forum. A consultoria, que conta entre seus clientes a Best Buy e a Home Depot, avaliou a marca Wal-Mart em US$ 129,8 bilhões, ou cinco vezes o valor da marca de sua concorrente mais próxima, no relatório lançado na terça-feira que faz o ranking dos 50 nomes mais valiosos.
"O fator que concluímos ser o mais importante para a Wal-Mart é a força de sua marca, se comparada com a das concorrentes", disse o vice-presidente da Interbrand Design Forum, Greg Silverman. "A marca representa um elemento que vai além do preço", disse Silverman.
A Interbrand Design Forum estimou o valor das marcas calculando o quanto uma marca contribui para a receita. A Best Buy ficou em segundo lugar, com US$ 22 bilhões, seguida pela Home Depot, US$ 20,8 bilhões, a Target Corp.,US$ 17,1 bilhões e a CVS Caremaker, US$ 12,6 bilhões.
A Macy’s, a Sears Holdings e a Saks não apareceram na lista, porque as redes de lojas de departamentos aplicaram boa parte de seus recursos em programas de corte de custos em vez de investir na construção da imagem, disse Silverman.
O relatório das marcas segue a pior temporada americana de compras de fim de ano desde que o International Council of Shopping Centers (Icsc) começou a monitorar os dados em 1969. O Icsc informou na semana passada que o índice de vendas nas mesmas lojas declinaram 2,2% nos últimos dois meses do ano.
A Wal-Mart, com sede em Bentonville, Arkansas, não estava completamente imune ao desânimo do Natal. As vendas nas lojas abertas a pelo menos um ano subiram 1,7%, abaixo das estimativas dos analistas, e a empresa informou na semana passada que o lucro não alcançará as previsões.
Rob Frankel, da consultora de marcas Frankel & Anderson em Los Angeles, disse que os desalentadores números das vendas do setor tornam a marca da empresa ainda mais vital.
"Quando a economia declina, as empresas com marcas realmente fortes sofrem menos impacto do que as empresas que cortam os preços", disse Frankel, que trabalhou com empresas como a Walt Disney e a Honda Motor.
Veículo: Gazeta Mercantil