Indústria de shoppings migra para cidades do interior do país

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Pesquisa da Abrasce mostra que, ao final do ano e pela primeira vez, cidades que não são capitais terão um número maior de empreendimentos do que as metrópoles. Crescimento econômico impulsiona lançamentos

Os grandes centros não são mais a ‘bola da vez’ na decisão de abertura de shoppings centers no país. Cidades do interior oferecem literalmente mais espaço para grandes empreendimentos. Os últimos levantamentos realizados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), comprovam essa mudança de rumo — e, consequentemente, de investimentos — do setor. De acordo com a pesquisa, pela primeira vez, as cidades que não são capitais terão, até o final de 2013, número maior de shopping centers do que as capitais brasileiras.

Com as 41 inaugurações previstas para este ano—26 delas em cidades do interior frente a 15 em capitais —, o percentual registrado no ano passado, quando 51% dos shopping centers estavam localizados em capitais brasileiras e 49% em outras cidades, vai se reverter.Ao final de 2013, destaca a pesquisa da Abrasce, 256 centros de compras estarão instalados em cidades que não são capitais, ante 243 empreendimentos em metrópoles. Outro destaque do estudo é que outras quinze cidades receberão o seu primeiro shopping center este ano.

Na avaliação da Abrasce, o investimento da indústria de shopping centers em cidades do interior vem acontecendo há pelo menos uma década. Mas ganhou força nos últimos anos, por conta do crescimento da renda em cidades médias e da escassez de terrenos nos grandes centros. Outro fator que , segundo a entidade, temacelerado a migração para cidades menores é o incentivo concedido por muitos governos, especialmente prefeituras, para a instalação dos empreendimentos.

Com nove centro de compras lançados emdois anos de existência, os investimentos da 5R Shopping Centers no setor chegam a R$ 1,8 bilhão, para a construção de projetos em várias regiões do país. A empresa é resultado de uma joint venture entre executivosdo setor eoGrupo 5R, que pretende estar entre os cinco maiores players do mercado até 2016.

O foco são cidades com população acima de 200 mil habitantes, crescimento econômico acima da média nacional e demanda para esse tipo de empreendimento.

Entre as principais características dos empreendimentos está o modelo de uso misto, com prédios residenciais e comerciais, além de hotéis.A 5R Shopping Centers está construindo emcidades comoRio Grande (RS),Uberaba( MG),Uberlândia (MG),Americana (SP), Alvorada (RS), Piracicaba (SP), Porto Alegre (RS), Natal (RN) e Manaus (AM).

“Acreditamos em investimentos que atraiam mais negócios para as regiões onde estamos, gerando emprego e renda para a população”, explica Felipe Fulcher, sócio e presidente da organização.

Sérgio Molina, proprietário da DVM Shopping Centers adianta que shoppings em cidades menores são um bom mercado também para as redes de franquias.

“A operação não é complexa e as marcas são conhecidas do consumidor. Esse movimento é bom para as franquias e também para osempreendedores de shoppings, já que o custo do terreno é menor”, afirma Molina.

Como era de se esperar, encontrar bons terrenos já não é uma tarefa muito fácil em cidades menores. Isso porque cidades como Sorocaba e RibeirãoPreto(SP) começam a passar por um processo de esgotamento, com muitos shopping sem funcionamento.

“Já há uma disputa por espaços entre grupos empreendedores. Ocusto de um shopping com 150 lojas, praça de alimentação e cinemas, varia de R$ 180 milhões a R$ 200 milhões, incluindo o terreno”, diz ele.


Veículo: Brasil Econômico


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