O diretor de relações com investidores da Springs, Luiz Henrique Valverde, disse ontem que as vendas da fabricante de artigos de cama, mesa e banho melhoraram em julho em relação a junho, principalmente devido às temperaturas mais baixas. A companhia, controlada pela Coteminas, é dona das marcas Artex e Santista e também das redes de varejo MMartan, Casa Moysés e Artex.
Em teleconferência com analistas e investidores para comentar os resultados do segundo trimestre, o executivo afirmou ainda que a Springs continuará buscando expansão de "dois dígitos" no canal atacadista na América do Sul. Valverde assumiu a diretoria de relações com investidores da empresa há um mês, no lugar de Levindo Santos.
De abril a junho, a companhia registrou prejuízo de R$ 10,7 milhões. Um ano antes, a Springs tinha apurado lucro de R$ 3,1 milhões. A receita líquida, no entanto, subiu 18,9% na mesma comparação, para R$ 468,8 milhões.
Houve aumento de 20% no lucro bruto, para R$ 112 milhões, mas o resultado operacional (Ebit) encolheu de R$ 73,9 milhões no segundo trimestre de 2012 para R$ 9,35 milhões de abril a junho deste ano.
A queda na performance operacional se explica pelo fato de, no segundo trimestre do ano passado, a Springs ter registrado um ganho não recorrente de R$ 66 milhões - na linha de outras receitas operacionais -, referente à venda de uma marca no mercado americano e à reversão no resultado das operações descontinuadas.
Além disso, as despesas com vendas, gerais e administrativas subiram 22% de abril a junho deste ano, para R$ 104 milhões, acima do ritmo de expansão da receita.
Valverde informou ontem que a companhia está "tranquila" em relação às dívidas de curto prazo. Ele reforçou que os vencimentos da empresa em 2013 passaram de R$ 388 milhões no fim do primeiro trimestre para R$ 87 milhões em junho.
Três ativos (fábricas desativadas e terrenos) colocados à venda pela companhia em São Gonçalo do Amarante (RN), Blumenau (SC) e Montes Claros (MG), recentemente avaliados em R$ 250 milhões, podem reduzir o endividamento. "O desinvestimento em Montes Claros é o que está mais adiantado", afirmou Valverde, sem dar detalhes.
Veículo: Valor Econômico