O diretor presidente da Vigor, Gilberto Meirelles Xandó Baptista, disse nesta quinta-feira, 15, em teleconferência com analistas, investidores e imprensa, que o consumo de lácteos no País ainda está "morno". "O mercado continua bastante morno, não vimos ainda uma reação de consumo. Mas, com uma temperatura mais amena, a comercialização de algumas das categorias que vendemos deve ser beneficiada, como o caso de iogurtes", declarou.
No segundo trimestre, Baptista disse que o cenário foi desafiador, com um menor crescimento do mercado de lácteos, além de aumentos de preços significativos do leite pago ao produtor e de custos de logística, armazenagem e investimentos em marketing elevados. Porém, a companhia conseguiu apresentar a melhor participação de mercado dos últimos 12 meses, de 7,7%, nas categorias de lácteos e queijos, em valor. O faturamento da linha de lácteos, que inclui iogurtes, requeijões e queijos, cresceu 26,3% no trimestre e 18,9% no acumulado do ano.
O executivo também comentou que no terceiro trimestre haverá reajuste de preços nos itens comercializados pela empresa com o objetivo de equalizar os custos com as matérias-primas. "Mas não dá para quantificar, porque não sabemos quanto teremos de oneração em termos de custos", disse. Ele também afirmou que nos últimos três, quatro meses, a Vigor conseguiu uma rentabilidade melhor, porque há um ano está realizando investimentos nas marcas e o consumidor está encontrando valor nos itens. "Ainda temos uma longa jornada", falou.
OPA
Sobre a nova Oferta Pública Voluntária de Permuta de Ações (OPA), que visa proporcionar aos acionistas da Vigor voltarem a serem acionistas da JBS, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Vigor, Maurício Hasson, disse que a empresa tem até o dia 23 para fazer o primeiro protocolo de prospecto da operação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Veículo: A Tarde - BA