Vai cobrar quanto? A popular GAP chega ao Brasil

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A popular GAP chega ao Brasil. Só que, ao contrário dos Estados Unidos, terá lojas em templos do luxo

A rede americana de vestuário GAP, cujas receitas somaram US$ 15,6 bilhões em 2012, revelou na última semana quais vão ser seus endereços no Brasil. A primeira loja será inaugurada no final de setembro, no shopping JK Iguatemi, o mais novo templo do luxo na capital paulista. A segunda será aberta em outubro, no shopping Morumbi, igualmente frequentado por integrantes das classes A e B. Na sequência virá o Rio de Janeiro. A operação local será tocada pela GEP, dona das marcas Cori e Luigi Bertolli. Embora seja uma rede popular nos Estados Unidos, aqui a GAP pretende seguir um roteiro diferente.
 
Por conta disso, os consumidores não devem esperar para ver as pechinchas encontradas em Miami ou Nova York, onde uma camiseta básica custa US$ 20 e pode ser encontrada por US$ 5 em época da queima de estoques. Isso fica evidente com a escolha dos locais onde irá fincar sua bandeira. Na verdade, a GEP está repetindo a estratégia de marcas populares em seus países de origem que, por aqui, tentam emplacar como objetos de desejo. O fenômeno é conhecido como Efeito McDonald’s –a primeira loja da rede do Ronald McDonald, foi instalada em plena avenida Paulista, em São Paulo. A lista inclui a espanhola Zara e a britânica TopShop.
 
A justificativa para isso é padrão: o elevado preço do aluguel, os altos impostos e a sempre generosa margem de lucro esperada pelo parceiro local. Neste contexto, surge a seguinte questão: será que os frequentadores desses shoppings vão topar pagar até o triplo do que normalmente desembolsariam lá fora por uma roupa da GAP? Só o tempo dirá. Recentemente, Stefan Laban, diretor da empresa, contou em entrevista que não pretendia posicionar a marca como uma grife de luxo. Sua ambição era saciar o apetite da classe média por novidades. Para o consultor especializado em varejo André Robic, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Moda, os americanos terão muitos desafios pela frente.
 
“Hoje, o varejo brasileiro está mais preparado para concorrer com os estrangeiros”, diz. Quanto ao preço, ele destaca que, de fato, a localização será um fator decisivo para determiná-lo. “Não há como atuar com um valor semelhante ao praticado lá fora”, afirma. Essa estratégia, porém, embute riscos. A mais célebre vítima da “ganância” foi a italiana Diesel. Em 2011, a subsidiária teve um fim melancólico após sua loja no Shopping Iguatemi, em São Paulo, bater recorde mundial de vendas. Os consumidores, ao que parece, descobriram que não tinha sentido desembolsar até R$ 2 mil por uma calça jeans, quando a mesma peça poderia ser adquirida por menos de R$ 320 em suas viagens aos Estados Unidos e à Europa.



Veículo: Istoé Dinheiro


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