O mercado brasileiro de milho teve, em agosto, um mês de preços firmes e de poucos negócios. De um lado, o comprador encontrou-se retraído à espera de preços mais baixos, fazendo aquisições para necessidades imediatas somente, diante da entrada da safrinha. Por outro lado, o vendedor também ficou inibido, pedindo mais alto pelo cereal frente a constantes altas nos pregões da Bolsa de Mercadorias de Chicago (Cbot) com o clima adverso às lavouras norte-americanas do milho.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, todos esses fatores causaram lentidão no mercado em agosto. "A situação é de volatilidade tanto no câmbio quanto na Cbot", avaliou.
As exportações de milho do Brasil renderam US$ 529,3 milhões em agosto (17 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 31,1 milhões. A média é 283,7% maior na comparação com os US$ 8,1 milhões obtidos diariamente em julho de 2013, quando os embarques de milho haviam rendido US$ 186,6 milhões. Em agosto do ano passado, as exportações totalizaram US$ 721 milhões, com média de US$ 31,3 milhões em embarques.
A quantidade de milho exportado em agosto de 2013 foi de 2,274 milhões de toneladas, com média diária de 133,8 mil/t. A média diária de julho havia sido de 31,9 mil/t, ou seja, em agosto a média subiu 319,6%. O total exportado de volume em julho foi de 733,3 mil toneladas. Em agosto de 2012, as exportações haviam totalizado 2,759 milhões de toneladas.
A média semanal de preços (de 26 a 29/08) no porto de Paranaguá ficou em R$ 25,45 a saca. No estado do Paraná, a cotação em Cascavel ficou em R$ 20,13. Em São Paulo, preço a R$ 21,38 a saca, na Mogiana. Em Campinas CIF, a cotação ficou a R$ 24,59. No Rio Grande do Sul, preço a R$ 25,65 em Erechim. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia a R$ 22,80. Em Goiás, preço a R$ 17,70, em Rio Verde. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou a R$ 11,35.
Veículo: Diário do Comércio - MG