Empresas visam mercado de eletrônicos para elevar receita

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Seguradoras estimam dobrar sua participação no mercado de smartphones e eletroportáteis em 2013. Isso porque o número da venda desses aparelhos tem aumentado exponencialmente. Segundo estudos realizados pela consultoria IDC, que atua no segmento de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, a venda de telefones inteligentes tem quase que dobrado regularmente desde 2010.

Foram comercializados 4,8 milhões de aparelhos naquele ano, contra 9 milhões em 2011 e 16 milhões em 2012. Em 2013, esse número já chegou a 13,4 milhões só no primeiro semestre e deve atingir a casa de 28 milhões até o fim do ano.

Na BB Mapfre, o número de apólices chegou a 5 mil em 2012 e tem projeções entre 14 e 15 mil para 2013. Para o superintendente de seguros especiais do grupo, Nikolaos Tetradis, as operadoras têm dado maior preferência em oferecer este tipo de serviço, porque o cliente não troca tanto de aparelho como nos últimos anos. "Agora, o consumidor fica um período maior com aquele bem e quer protege-lo", aponta. A empresa projeta um crescimento de 250% para este ano.

A Vivo disponibiliza o serviço desde 2008 e estima que esse mercado dobrou nos últimos dois anos. "Isso [o seguro] dá uma tranquilidade ao cliente. Hoje, há smartphones na casa entre 2 mil e 2,5 mil reais e o consumidor quer se sentir confortável ao sair na rua", explica Maurício Romão, diretor de serviços digitais da Telefônica Vivo Brasil. Parceira da telefônica desde 2012, a Zurich estima que a distribuição do produto cresceu 50% no período.

Há dois anos no mercado, a seguradora on-line Minuto Seguros tem 5% de suas receitas provenientes do segmento de eletroportáteis e espera atingir 10% ao final de 2013. Para o sócio-diretor da empresa, Marcelo Blay, "este tipo de serviço tem acompanhado a popularização dos aparelhos, que têm cada vez mais a adesão do consumidor e boas projeções para os próximos anos".

A operadora TIM fechou parceria com a seguradora Assurant Solutions e viu a contratação de seguros subir 500% no primeiro semestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado.

Variações

O valor do serviço é calculado de maneira diferente em cada empresa. Em geral, é a visibilidade do aparelho o que determina o preço do seguro. "Se a gente traçar o paralelo com automóveis, quais carros estão em exposição e quais têm incidências? É a mesma coisa com celulares. Sempre tem um grupo com mais acidentes e roubos", expõe Tetradis.

Na TIM, o preço do serviço varia de acordo com o aparelho, possui cobertura internacional e garante a reposição do celular em até R$ 3 mil; na BBMapfre, o serviço custa de 10% a 15% do valor do aparelho ao ano; na Vivo, os preços variam entre R$ 6 e R$ 25 mensais; já na Minuto Seguros, o valor fica entre R$ 287 a R$ 507 anuais.

As empresas têm como base o "Garantia Estendida", que prolonga a validade da garantia do produto. Para um atendimento diversificado, cada companhia busca oferecer ao menos um serviço diferente ao cliente.

Na Minuto Seguros, há o "Cobertura Básica", que dá direito ao reembolso no caso de quedas, coalizões ou incêndio; o "Danos Elétricos", que cobre qualquer dano causado por oscilação de energia; e o "Subtração do Bem", que garante o reembolso do equipamento mediante a roubo. "Nós recomendamos o seguro para danos elétricos, porque no Brasil há grande oscilação na rede de energia", expõe Blay.

Na Vivo, o diferencial fica por conta da cobertura em caso da danificação por líquido. "O consumidor deseja estar confortável em todas as situações. O cliente vai à festa e leva o aparelho próximo à piscina", diz Romão.

A BBMapfre oferece, além do Roubo e Furto, o Dano Elétrico e Dano acidental, "mas os clientes montam planos de acordo com suas necessidades", diz Tetradis.

Na Minuto Seguros, o custo do serviço depende do valor do aparelho. Lideram a lista o Samsung Galaxy S4, com R$ 507, o Samsung Galaxy Note II, com R$492, e o Samsung Galaxy SIII, com R$ 462. O Iphone 5, da Apple, aparece em 4º, com R$ 395 anuais.



Veículo: DCI


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