Aumento do poder de compra da região atrai empresas de sorvete, que driblam o entrave do transporte para crescer
Antes de levar a marca para outros continentes, a Diletto, com presença consolidada no Sul e no Sudeste, busca mais espaço no País. "Tivemos um crescimento significativo das vendas no Nordeste neste ano e vejo ainda muito potencial de expansão. Os consumidores têm menos acesso a produtos diferenciados e a demanda é muito grande. Vemos muitas marcas subindo o Brasil", conta o presidente da companhia, Leandro Scabin.
O principal entrave para aumentar a participação na região era o elevado preço do frete para transportar os picolés fabricados em São Paulo. "À medida que ganhamos escala nas vendas, o valor do frete melhorou. Mas o preço praticado por lá é superior ao da região Sudeste por conta do transporte e também dos impostos", explica.
De acordo com levantamento da empresa britânica de pesquisa de mercado Mintel feito neste ano, pelo menos 70% dos consumidores do Nordeste afirmaram estar dispostos a pagar mais caro por um sorvete com qualidade superior. Nas regiões Sul e Sudeste, este percentual é menor, de 61% e 64%, respectivamente.
Se em São Paulo o picolé de limão siciliano, um dos mais vendidos pela empresa, custa R$ 5, no Ceará, o valor aumenta para R$ 5,50. A renda no Nordente cresceu 8,1% em termos reais em 2012 enquanto no Brasil, o aumento foi de 5,8%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veículo: Embalaweb