Ainda que 88% dos consumidores brasileiros se vejam como conservadores no ato da compra, 47% admitem que já compraram um produto por impulso sem utilizá-lo depois. É o que aponta pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Outro destaque da pesquisa é a justificativa é a relação entre a compra e a imagem social do consumidor. Três em cada dez entrevistados já se sentiram discriminados por um vendedor e acabaram comprando o produto para provar que tinham condições de arcar com o custo.
Associado a este fato, 59% dos entrevistados pela confederação dizem ter adquirido um bem que não era necessário e ficaram endividados com a compra.
Para o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, essas questões associadas à tendência ao consumo imediatista é reflexo da expansão do acesso ao crédito nos últimos anos, ainda que esse aumento tenha diminuído este ano. "O problema é que a melhora da condição financeira da população nem sempre vem acompanhada de uma maior consciência sobre como gastar esse dinheiro", explica. "Isso explica o fato de o Brasil ser um dos países que menos poupam no mundo."
Veículo: DCI