De acordo com a ABAD, o crescimento de 3,5% em 2013 deve se concretizar, apesar da cautela do consumidor; apoio à recém-lançada Frente Parlamentar Mista de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo no Congresso visa equacionar pontos críticos que ainda comprometem os resultados de toda a cadeia de abastecimento
Depois de encerrar o primeiro semestre com faturamento 3,38% maior do que o mesmo período de 2012, o segmento atacadista distribuidor, focada especialmente no varejo alimentar, divulga crescimento real (deflacionado) de 4,04% no acumulado do ano até setembro, quando comparado aos nove primeiros meses de 2012.
O dado foi divulgado na quarta-feira (30/10) pela ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) com base em pesquisa mensal realizada pela FIA (Fundação Instituto de Administração) com um conjunto de empresas que equivalem a 21% do faturamento do setor e que fornece dados preliminares sobre o desempenho dos agentes de distribuição. Números mais abrangentes, coletados com mais de 400 empresas (quase 40% do faturamento do setor), são divulgados anualmente pela pesquisa do Ranking ABAD/Nielsen, no mês de abril.
Na pesquisa mensal de setembro apontou também crescimento de 4,85% sobre setembro do ano passado e queda de 2,8% em relação a agosto.
Em termos nominais, o crescimento dos nove primeiros meses do ano foi de 10,61% em relação ao mesmo período de 2012; o crescimento de setembro sobre o mesmo mês do ano passado foi de 11%; já o resultado de setembro na comparação com agosto apresentou queda de 2,46%.
Para o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho, os números continuam sinalizando que a expectativa de encerrar o ano com crescimento real de pelo menos 3,5% irá se concretizar, apesar de o endividamento e a inflação em patamar mais elevado tornarem o consumidor mais cauteloso.
"Temos boas perspectivas. Os dados preliminares mostraram crescimento de 3,4% no encerramento do primeiro semestre, e estamos otimistas com o crescimento das vendas em função das festas de fim de ano, época em que o consumo alimentar tem alta significativa", avalia José do Egito. "Contribui para esse cenário o fato de que a inflação está mostrando estabilidade. Além disso, a taxa de desemprego permanece baixa, em torno de 5,5%, e a renda continua a crescer", completa.
Como os itens de consumo básico das famílias constituem a fatia mais significativa do faturamento dos agentes de distribuição, o setor tem apresentado crescimento contínuo nos últimos doze anos, mantendo fatia superior a 50% do mercado mercearil nacional.
Contudo, como entidade representativa do setor, a ABAD tem a permanente preocupação de viabilizar o desenvolvimento do setor, criar um ambiente de negócios mais favorável e equacionar os pontos críticos que dificultam o desenvolvimento das empresas atacadistas e distribuidoras.
Por isso, a ABAD tem procurado reforçar sua atuação política, principalmente junto ao poder legislativo, para encaminhar as demandas e reivindicações do setor, o que levou a entidade a apoiar, desde a sua idealização, a recém-lançada Frente Parlamentar Mista dos Agentes de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo, presidida pelo deputado federal Antônio Balhmann (PROS-CE).
Por intermédio da Frente, a ABAD espera contribuir para a discussão e defesa dos pontos de vista do setor em temas tributários, trabalhistas, comerciais, concorrenciais, regulatórios e de infraestrutura, entre outros, o que irá beneficiar toda a cadeia de abastecimento, em especial o pequeno varejo atendido pelos agentes de distribuição.
Sobre a ABAD
Os agentes de distribuição são responsáveis por abastecer mais de um milhão de pontos de venda nas cinco regiões do Brasil, com participação de 51,9% no mercado mercearil brasileiro. Eles movimentam cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) do país e faturaram R$ 178,4 bilhões em 2012. A ABAD - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados, criada em 1981, representa nacionalmente o segmento e reúne mais de três mil empresas de todo o Brasil que comercializam produtos alimentícios industrializados, candies, bebidas, produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica, produtos farmacêuticos e de perfumaria, papelaria e material de construção, entre outros.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABAD