Expectativa para novembro é que valores sigam no mesmo patamar ou caiam pouco.
Os preços do litro de leite em outubro, referentes à produção entregue em setembro, ficaram praticamente estáveis em Minas Gerais. O valor liquído pago pelo produto, R$ 1,079 na média por litro, apresentou alta de apenas 0,11%. A retomada das chuvas, o que favorece a recuperação das pastagens e o aumento da produção, é um dos fatores que promoveu a manutenção dos valores. A expectativa para novembro é que os preços fiquem estáveis ou apresentem pequena variação negativa. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
De acordo com o levantamento do Cepea, a estabilidade registrada em Minas Gerais também foi observada na média do país. No período, o preço líqüido médio ficou em R$ 1,039 por litro em outubro, alta de 0,12% frente ao mês anterior. A média, calculada pelo Cepea, é ponderada pelo volume captado em setembro nos estados de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Bahia.
Segundo os pesquisadores do Cepea, a estabilidade registrada no preço ao longo de outubro era esperada pelos representantes do setor, que já registravam queda na demanda por parte do mercado atacadista. Outro fator é que houve aumento da produção de leite no campo, promovido pelo retorno das chuvas e pela recuperação dos pastos.
De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-L/Cepea), o volume comprado pelos laticínios e cooperativas em setembro aumentou 2,62% em relação a agosto. O crescimento foi impulsionado pela produção da região Sul do país, de Minas Gerais e também de Goiás.
O levantamento do Cepea mostra que, em Minas Gerais, somente da região da Zona de Mata foi registrada queda na cotação do leite. Na região, o litro foi comercializado em média a R$ 1,00, o que significou uma redução de 2,13% frente ao valor praticado em setembro. O valor máximo pago pelo litro de leite foi de R$ 1,09.
A maior alta no Estado, 1,04%, foi verificada nas negociações feitas pelos produtores das regiões do Triângulo e Alto Paranaíba. Em outubro o pecuarista recebeu em média R$ 1,12 por litro de leite comercializado. A cotação máxima chegou a R$ 1,18 e a mínima a R$ 1,01.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a alta foi de apenas 0,91%, com o preço médio do litro de leite negociado a R$ 1,11. O valor máximo pago pelo produto ficou em R$ 1,09 e o mínimo de R$ 0,90.
No Vale do Rio Doce a variação registrada nos valores do leite foi positiva em apenas 0,71%, com o litro negociado na média a R$ 1,107. O valor mínimo na região foi de R$ 0,969 e o maior preço R$ 1,169.
Já no Sul e Sudoeste a alta de apenas 0,47% fez com que o preço médio do leite encerrasse outubro em R$ 1,045. O maior valor praticado ao longo de outubro foi R$ 1,116 e o menor R$ 0,893.
Para novembro, a expectativa dos representantes de laticínios e cooperativas consultados pelos pesquisadores do Cepea é de que os preços mantenham a estabilidade ou apresentem pequeno recuo. Entre os compradores entrevistados, praticamente a metade dos agentes consultados, 49% - que representam 41,2% do leite amostrado - acreditam que haverá baixa nos valores em novembro. Outros 44,2%, que representam 44,6% do volume amostrado de leite neste mês, indicam estabilidade nos preços. Apenas 6,7% dos entrevistados têm expectativa de alta.
Veículo: Diário do Comércio - MG