Após firmar o contrato de compra da BGN Leasing, a JSL - especializada em logística - deu um passo a mais para a criação de sua empresa financeira, a JSL Arrendamento Mercantil. O objetivo é que as novas operações sejam voltadas a leasing financeiro e operacional para automóveis e caminhões, de forma complementar às atuais operações.
"Hoje, o cliente da JSL Locações pega o carro, mas faz o leasing com outra instituição. Vamos passar a oferecer esse serviço aos nossos clientes", afirma Fernando Simões, presidente da JSL. A empresa pretende atender, principalmente, autônomos e pequenos clientes.
Para estruturar a nova empresa, a JSL contratou Osmar Roncolato, ex-executivo do Bradesco e presidente da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel) - que disse ter sido atraído pelo "diferencial" do projeto e pela possibilidade de crescimento desse tipo de mercado.
Para ele, atualmente as operações de leasing estão, pela regulamentação brasileira, muito ligadas às instituições financeiras, mas isso pode mudar caso haja um maior conhecimento de gestão dos ativos. "Evidente que, pelo poder de compra do grupo, temos um diferencial de custo. O grande diferencial da companhia será sua capacidade de compra e sua capacidade de administrar ativos", diz ele.
Além disso, Roncolato avalia que os financiamentos subsidiados concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) limitam o crescimento do mercado de leasing para veículos comerciais, mas ele é otimista. "Acreditamos que, em determinado momento, os níveis de apoio [do BNDES] vão ser alterados e o mercado vai ser administrado a juros correntes", afirma.
Para estruturar a nova atividade, a JSL comprou, em abril deste ano, a BGN Leasing. A transferência de controle acionário encontra-se em análise pelo Banco Central. A estima que o preço final de aquisição - que inclui contas sobre o valor do ativo na hora da aprovação - será de aproximadamente R$ 11,1 milhões.
A JSL divulgou ontem lucro de R$ 24,3 milhões no terceiro trimestre de 2013, um aumento de 40,9% em relação a um ano antes. A receita líquida cresceu 16,2% na mesma comparação, para R$ 1,23 bilhão. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 15,5%, para R$ 184,6 milhões.
Veículo: Valor Econômico