O Fleury fechou 15 unidades de atendimento da bandeira a+ nos nove primeiros meses deste ano. Deste total, seis foram laboratórios localizados no Rio, quatro em São Paulo, três no Rio Grande do Sul, um no Paraná e outra unidade na Bahia.
Em contrapartida, a empresa de medicina diagnóstica abriu neste mesmo período duas unidades, sendo uma da bandeira Fleury em São Paulo e outra do Felippe Mattoso no Rio. No total, o grupo conta com 174 unidades laboratoriais.
O fechamento das unidades faz parte da reestruturação promovida pela companhia. Além delas, o Fleury também vai encerrar as atividades em 11 unidades de hospitais da Rede D'Or até o primeiro trimestre do próximo ano. "Descontinuamos negócios que não eram rentáveis. Não vamos fechar mais unidades", disse na sexta-feira João Patah, diretor de relações com investidores do Fleury, em teleconferência com analistas.
O processo de reestruturação também prevê uma redução de 16,5% no orçamento para expansão e cancelamento de contratos com operadoras de planos de saúde que geram margens baixas. Nesse sentido, o Fleury rompeu com a Unimed Rio e a Unimed Paulistana. A cooperativa médica carioca representava 30% da receita dos exames realizados nas unidades do Lab's Dor, no Rio. "Já conseguimos recuperar 30% da perda com outros planos de saúde. Isso foi possível porque havia uma demanda reprimida", disse também na teleconferência Vivien Rosso, presidente do Fleury.
Nas últimas duas semanas, fontes do setor de saúde têm comentado a possibilidade de o Fleury vir a ter um novo sócio. Na sexta-feira, um relatório do Deustche Bank citou dois possíveis interessados, caso o Fleury esteja mesmo aberto a negociações: as americanas Quest Diagnostics e Laboratory Corporation of America. A Laboratory tem interesse no mercado brasileiro, informou o banco.
Veículo: Valor Econômico