Cenário de dificuldades ainda ronda cafeicultores

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O cenário de dificuldades dos produtores de café não mudou ao longo do mês de outubro. Pelo contrário, o quadro piorou com as cotações continuando a cair nas bolsas de futuros e no mercado brasileiro. A oferta global de café é crescente, e os grandes compradores vem o abastecimento com tranqüilidade, o que resulta na continuidade da depressão dos preços.

De acordo com relatório de Safras & Mercado divulgado na sexta-feira, mesmo de ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade cafeeira, a safra 2013 do Brasil foi grande, e o clima é bom para a produção de 2014, que tende a ser maior por essa tendência natural de maior produtividade.

Mas, não é só o Brasil que traz um cenário cômodo para a demanda. A Colômbia vem com uma boa safra de arábica de alta qualidade e também os países da América Central, que colhem agora no final do ano. E ainda tem o Vietnã, com uma ampla produção de robusta que também chega no último trimestre.

E o comportamento da demanda, dos grandes compradores, em nada ajuda a sustentação do mercado. Sabedores de que o mercado é favorável, as torrefações mantêm um ritmo bem compassado em suas aquisições, não trazendo pressão de compra que dê melhor suporte às cotações. As compras seguem da mão-para-boca.


Balanço - O balanço de outubro mostra que na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) o contrato dezembro do arábica acumulou baixa de 7,3%, caindo de 113,70 para 105,40 centavos de dólar por libra-peso. E o mercado mostra-se disposto a testar a linha de US$ 1,00 a libra. Na Bolsa de Londres (Liffe) para o robusta, a posição janeiro de 2014 caiu de US$ 1.650 para US$ 1.482 a tonelada, queda de 10,2% no mês de outubro.

De acordo com Safras & Mercado, para o mercado interno brasileiro, além das bolsas externas terem pressionado, o dólar não ajudou. A moeda americana no comercial teve alta acumulada de apenas 0,3% em outubro. No mercado nacional, os produtores pressionam o governo por ajuda em mecanismos de comercialização, e tentam segurar a oferta dentro das possibilidades. Mas, os preços acabam cedendo, acompanhando a tendência global.

No balanço mensal, o café arábica bebida boa do Sul de Minas caiu de R$ 262,00 para R$ 245,00 a saca, baixa de 6,5% em outubro. Com o robusta caindo mais em Londres, o conillon tipo 7 em Vitória (ES) teve uma baixa no balanço mensal de 18%, recuando de R$ 220,00 para R$ 180,00 a saca.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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