Alimentos e tarifa de ônibus puxam IPCA-15 de janeiro

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) relativo a janeiro registrou alta de 0,40%, taxa superior à apurada um mês antes, de 0,29%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A aceleração é reflexo da alta dos alimentos e também do impacto do reajuste das tarifas de ônibus em cinco das 11 localidades pesquisadas pelo instituto na coleta de preços. Nos 12 meses encerrados em janeiro, o indicador acumula avanço de 5,79%.

 

Segundo o IBGE, a variação das tarifas dos ônibus urbanos captada pelo IPCA-15 foi de 2,35% e respondeu por 0,09 ponto percentual do índice cheio de janeiro. Para essa classe de despesas, o indicador captou aumentos de 3,77% no Rio de Janeiro, de 4,76% em Belo Horizonte, de 4,25% em Salvador, de 10% em Belém e de 1,13% em Curitiba. Além disso, subiram as tarifas dos ônibus intermunicipais (3,24%) e interestaduais (2,31%). No entanto, a forte queda dos preços de carros novos (-5,08%) e usados (-3,77%) fez com que o grupo transportes registrasse ligeira deflação de 0,01%. 

 

A variação dos alimentos cresceu de 0,34% em dezembro para 0,72% em janeiro, puxada pelo aumento das frutas (2,41%), batata-inglesa (11,87%), cerveja (2,11%) e refrigerantes (2%), entre outros. 

 

Também subiram aluguéis (1,01%) e condomínios (1,09%), fazendo a taxa do grupo habitação passar de 0,32% em dezembro para 0,50% em janeiro. 

 

O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro , Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O resultado mais alto em janeiro foi o de Belém, de 1,01%, por causa do reajuste dos ônibus. O menor foi o de Recife, com variação de apenas 0,01%. O IPCA-15 de São Paulo foi de 0,14% e o do Rio, de 0,97%. 

 

O IPCA-15 é uma prévia para o resultado do IPCA, índice escolhido pelo governo para balizar o regime de metas de inflação. O cálculo dos dois indicadores é baseado na mesma metodologia. A diferença ocorre apenas nos períodos de coleta de preços. 

 

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) também aumentou, passando a 0,80% na apuração terminada dia 22 de janeiro. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mostram que esta foi a maior taxa registrada desde junho do ano passado, quando o índice tinha subido 0,89%, na terceira semana daquele mês. 

 

Veículo: Valor Econômico


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