O governo da Argentina irá importar tomate de forma emergencial do Brasil para tentar controlar a inflação no país. A presidente Cristina Kirchner determinou que a importação seja feita diretamente pelo governo, por meio do Mercado Central de Buenos Aires, segundo anunciou ontem o ministro-chefe do Gabinete, Jorge Capitanich, que não informou o valor e o volume da importação.
O tomate faz parte da lista de cem produtos com preço controlado na Argentina. "Identificamos problemas de abastecimento, junto a 64 fornecedores. Em dezembro, houve excesso de vendas, que levou a uma falta de estoque para os próximos dez dias", disse Capitanich, após reunião com Alfredo Coto, presidente da Associação dos Supermercados Unidos (ASU).
O anúncio provocou reação imediata dos produtores. "Ele não sabe o que está falando. O Brasil não tem tomate. É importador da Argentina. Todos os anos faço exportações para lá", disse Antonio Bernardi, produtor de Mendoza, em entrevista a uma rádio local.
Veículo: Valor Econômico