Fast-foods saudáveis viram opção na rotina paulistana

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Sentar em uma mesa de praça de alimentação de shopping, fazer uma refeição rápida e voltar correndo para resolver os problemas do trabalho, mas com um peso grande na consciência por ter se alimentado mal tem se transformado em algo cada vez mais raro na rotina de paulistanos. Não pela necessidade de rapidez, que passou a ser uma constante do cotidiano, mas pela qualidade das refeições. As redes de fast-food saudável ganham novos pontos e ocupam o espaço que antes era reservado apenas às lojas de lanches e de pizzas.

 

“Esse movimento que a gente está vendo, o surgimento dessas redes, vem lá de fora e aqui (no Brasil) também está ficando bem forte. É uma tsunami de estilo de vida saudável. Não é apenas uma ondinha passageira”, afirma Luis Felipe Campos, de 39 anos, que no início de 2007 montou a rede Seletti. Atualmente com quatro lojas em shoppings de São Paulo, o sócio e diretor diz que, antes de abrir os restaurantes, realizou uma pesquisa em quatro shoppings da Grande São Paulo. “Constatamos que, entre cada dez pessoas que entram em uma praça de alimentação, metade tinha a intenção de comer comida saudável.”

 

Para Campos, a demanda por esse tipo de restaurante vem crescendo porque as pessoas estão cada vez mais conscientes daquilo que estão comendo. “Tinha até alguns restaurantes que se intitulavam saudáveis, mas não eram. Não é só o produto, mas a forma como se serve. Por exemplo, a gente não serve sal refinado, que pode provocar pedra nos rins e vários outros problemas. Na nossa rede, a gente trabalha com o sal marinho. Para grelhar a carne, tem gente que usa óleo. Nós usamos uma mistura de azeite extra-virgem e óleo de canola”, conta.

 

O cardápio da rede inclui ainda 12 tipos de saladas, uma 100% orgânica, sucos de frutas e verduras e até um hambúrguer vegetariano feito com soja e tofu. “Não é só ser light ou diet, é comida saudável. Algumas até com grande quantidade de calorias, mas saudáveis.”

 

É no que aposta a vendedora Kelly Cristina Santos, de 24 anos. Há seis anos trabalhando em shoppings, ela sabe o que é ter que comer rapidamente. “A maioria das funcionárias tem de comer em meia hora”, conta. Por causa do pouco tempo para as refeições, ela disse que durante muito tempo comeu sanduíches e lanches. “Comecei a comer nos fast food mais saudáveis e notei que até minha pele melhorou”. Para ela, a comida ajuda no regime, mas não é preciso buscar nada mais “light” para se sentir bem. “Você saber que está comendo algo que vai fazer bem é importante. Mesmo que engorde um pouquinho, não vai fazer mal para o seu organismo”, diz.

 

Saladas

 

Na onda, ou “tsunami”, do fast food saudável, as saladas têm tido papel de destaque. Inaugurada há oito meses em dois shoppings da capital paulista, a rede Salad Creation afirma ter vendido, em média, 60 refeições por loja no horário do almoço. As unidades são uma franquia da rede norte-americana. “Vimos como uma oportunidade de investimento para 2007. Fomos para os Estados Unidos, conhecemos melhor o negócio e decidimos montar aqui”, conta um dos sócios, Bruno Bueno.

 

No restaurante, quem monta a salada é o próprio cliente, entre os 40 ingredientes disponíveis. Também é possível incrementar a salada com porções de carnes ou proteínas, como chamam no cardápio. “Chamar de proteína já causa uma conscientização nas pessoas, que começam a saber o que compõe aquilo que elas estão comendo”, diz Bueno.

 

Congelados

 

E não são só os fast-foods de shopping centers que estão se adaptando aos novos tempos. O setor de congelados, que até hoje também era regido apenas pela palavra agilidade, está começando a se render ao binômio rapidez-saúde.

 

Há cerca de um ano, a ex-miss fitness Luciana Rocha decidiu investir no setor de alimentação. Ao lado do nutricionista Marcelo Ferro, ela decidiu desenvolver uma linha de comida congelada baseada na funcionalidade alimentar pregada pela medicina chinesa.

 

Segundo a nutricionista responsável pela rede de congelados Well Be, todos os 35 pratos disponíveis no cardápio de congelados da rede são feitos para ajudar no funcionamento do organismo. "Usamos gergelim, linhaça, gengibre, pimenta. Procuramos combinar alimentos para conseguir uma alimentação funcional”, conta.

 

Ela afirma que as clientes também podem levar as indicações de nutricionistas e, baseado na dieta que a nutricionista indica para cada cliente, a rede cria as porções de congelados que devem ser fornecidas.

 

Veículo: A Tribuna de Santos


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