Estiagem provoca perdas de 5,6 milhões de toneladas na safra 2008/09, reduzindo em 27% a produção paranaense
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O setor agrícola paranaense já amarga as perdas trazidas pela estiagem dos últimos três meses. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a colheita prevista é de 16,4 milhões de toneladas, cerca de 5,6 milhões a menos que no biênio 2007/08, quando foram computadas 22 milhões. O percentual de defasagem foi de 27,3% se somadas as colheitas do algodão, amendoim, arroz, feijão, girassol, milho, soja e sorgo.
‘‘O valor de mercado da saca do feijão não sofre grandes variações, porque sua comercialização acontece com ênfase em âmbito nacional’’, explica Otmar Hubner, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), órgão ligado à Seab. Na sequência vem a produção do milho que amargou 31% das perdas. Segundo estimativa dos agricultores, a colheita será de 6 milhões de toneladas frente aos 8,7 milhões previstos antes da seca. A produção da soja, por sua vez, amargou um impacto negativo de 20%. Das 12,1 milhões de toneladas estimadas para a safra vigente, a previsão caiu para 9,8 milhões. Se por um lado, os reflexos da estiagem foram maiores em dados percentuais sobre o cultivo do feijão, por outro, em toneladas o milho e a soja sofrem mais com o impacto negativo. Porém, a situação destes dois últimos no mercado ainda é privilegiada, porque o preço da saca aumentou diante da redução da oferta. Em novembro, a saca da soja custava R$ 39,46 e agora está na casa dos R$ 47,43. Já o milho, no mesmo período, aumentou de R$ 15,22 para R$ 18,07. ‘‘Por isso, ainda dá para amenizar um prejuízo maior’’, analisou Hubner. Em períodos de safras normais, quando existem altas quantidades de grãos disponíveis no mercado, como o soja e o milho, o preço da saca tende a cair. A cotação é inversamente proporcional à produção. ‘‘Mas por causa da estiagem houve uma redução de oferta. Por isso, a consequência é a alta nos preços porque sua disponibilidade está reduzida’’, completa.
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Veículo: Folha de Londrina - PR