O grupo farmacêutico americano Merck duplicou seus lucros líquidos em 2008, para US$ 7,8 bilhões, com um quarto trimestre "no azul", graças a uma base de comparação favorável com o exercício 2007 marcado por importantes elementos excepcionais.
A Merck havia registrado no ano passado uma provisão de US$ 4,85 bilhões passada ao quarto trimestre para enfrentar milhares de processos judiciais por causa do controvertido anti-inflamatório Vioxx.
No quarto trimestre de 2008, o grupo teve lucro líquido de US$ 1,64 bilhão, ante um prejuízo de US$ 1,63 bilhão no mesmo período um ano antes. O lucro em todo 2008 é similar ao do exercício 2007 (US$ 3,27 bilhões).
Schering-Plough
Já a concorrente Schering-Plough registrou lucro de US$ 480 milhões no quarto trimestre do ano passado, acima das estimativas dos analistas, graças ao incremento das vendas depois de uma aquisição e à redução de custos.
O ganho líquido por ação foi de US$ 0,27 no trimestre em comparação com uma perda de US$ 2,08 no mesmo período do ano anterior, informou ontem a companhia em comunicado. Os ganhos, excluindo-se os itens extraordinários, foram de US$ 0,39 por ação, acima da média das previsões de 13 analistas consultados pela Bloomberg, que era de US$ 0,30.
As vendas subiram 17%, alcançando US$ 4,35 bilhões, já que foram computadas também as vendas da Organon BioSciences ao longo de todo o trimestre, ao passo que no mesmo trimestre de 2007, quando foi realizada a compra da Organon, estas vendas foram apenas parcialmente incluídas. Fred Hassan, principal executivo da companhia, está reduzindo cerca de 10% dos postos de trabalho, economizando até US$ 1,5 bilhão, em um esforço para ajustar-se à queda nas vendas dos medicamentos para tratamento do colesterol Zetia e Vytorin. Um estudo realizado em janeiro de 2007 mostrou que estas drogas têm o mesmo efeito de um medicamento genérico que é vendido por um sétimo do preço.
Veículo: Gazeta Mercantil