A Panasonic maior fabricante mundial de TVs de plasma, alertou que sofrerá prejuízo anual de US$ 4,2 bilhões e que vai cortar 15 mil empregos com o fechamento de 27 fábricas para enfrentar problemas gerados pela alta do iene e desaceleração da demanda.
A fabricante dos TVs de tela plana Viera e das câmeras digitais Lumix uniu-se a lista crescente de produtores de eletrônicos que estão acelerando reestruturações diante de crise que está provando-se bem pior do que a última grande desaceleração, em 2001, quando estourou a bolha da Internet.
Sony, Toshiba e Hitachi estão enfrentando prejuízos bilionários, e a dupla ameaça de queda nas vendas e de alta no valor da moeda japonesa, que reduz lucros gerados no exterior quando repatriados. O avanço do iene à cotação mais alta diante do dólar em 13 anos tornou os eletrônicos japoneses menos competitivos com relação aos de rivais sul-coreanos como da Samsung Electronics, que se beneficiam da relativa fraqueza do won.
Tela plana. "O mercado tinha grandes esperanças para o segmento de televisores de tela plana, mas agora não temos vantagem competitiva no exterior devido ao iene forte", disse Mitsushige Akino, administrador de fundos na Ichiyoshi Investment Management. A Panasonic, que está adiante da Samsung e da LG Electronics no mercado, reduziu projeção para o ano fiscal que se encerra em 31 de março para um prejuízo de 380 bilhões de ienes (US$ 4,2 bilhões) ante projeção anterior de lucro de 30 bilhões de ienes.
A companhia informou que fechará 27 fábricas no ano fiscal corrente até março e que fará nova rodada de fechamentos em escala similar no próximo ano fiscal. Os cortes de 15 mil funcionários, que incluem contratos temporários, vão acontecer no Japão e exterior.
A companhia tem força de trabalho de 300 mil pessoas. A empresa, anteriormente conhecida como Matsushita Electric, teve prejuízo líquido de 63,1 bilhões de ienes no período de outubro a dezembro.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ