Trata-se do produto que mais registrou aumentos de preço no primeiro semestre
O tomate bateu a inflação por causa da sazonalidade, segundo explicação do DieeseO tomate bateu a inflação por causa da sazonalidade, segundo explicação do Dieese
O tomate foi o produto da cesta básica que registrou a maior alta na Região Metropolitana de Belém (RMB) durante o primeiro semestre. De acordo com os levantamentos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), considerando os sete primeiros meses deste ano, o valor do fruto foi reajustado em 23,41%, ou seja, quase seis vezes a inflação do período, que, segundo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do IBGE, fechou julho a 4%. A pesquisa do Dieese-PA foi feita nas principais feiras e supermercados da Região Metropolitana Belém.
Conforme explica o supervisor técnico do Dieese-PA, Roberto Sena, mesmo com o recuo das taxas inflacionárias observado no mês passado, o custo de vida dos paraenses permanece entre os mais elevados do País, sobretudo por causa da alta no grupo alimentação e bebidas. “No mês passado, por exemplo, a cesta básica apresentou, pela primeira vez neste ano, recuo de preço, com queda de 3,17%. Ainda assim, ficou entre as mais caras do país”, assevera Sena, ao assegurar que o tomate está entre os itens que compõem a alimentação básica dos paraenses que mais contribuiu para a alavancada de preços.
“No acumulado deste ano, o tomate registrou a maior alta entre todos os produtos da cesta, e nem mesmo a retração de 8,37% no preço do fruto apurada no mês passado, se comparado a junho, foi suficiente para estancar a alavancada nos custos”, revela Sena. Ainda de acordo com as pesquisas do Dieese-PA, no início deste ano o quilo do tomate custou, em média, R$ 3,51. Em abril, o produto foi comercializado, em média, a R$ 4,35. Já no final do semestre, o preço saltou para R$ 4,66. No mês passado, o alimento apresentou o primeiro recuo, chegando a custar R$ 4,27.
Veículo: O Liberal - PA