Preços do arroz e do feijão devem cair

Leia em 1min 50s

A alta dos preços do arroz e do feijão, que chegou a 5,5% nas prateleiras dos supermercados, já se estabilizou e a tendência agora é de queda. É o que avalia o pesquisador Mauro Lopes, do Centro de Estudos Agrícolas da FGV (Fundação Getulio Vargas).

 

Segundo Lopes, a saca de 60 kg de feijão, que chegou a R$ 230, atualmente custa R$ 190. Já o preço do saco de 50 kg de arroz com casca, está estável em R$ 33 e o fardo do arroz beneficiado custa R$ 39. "Um preço muito bom", comentou o pesquisador.

 

Ele atribuiu a alta dos dois produto no mercado interno ao aumento da demanda das classes C e D, que tiveram um "reajuste" no padrão de consumo. "Caiu a ficha para nós, que acompanhamos o mercado: as classes C e D fizeram um reajuste no padrão de consumo alimentar maior do que esperávamos. A manutenção dos preços altos do arro e do feijão se deve à maior demanda pelos produtos."

 

Lopes ressaltou que não houve desabastecimento de feijão, o que justificaria a alta no preço. Ao contrário, a produção deste ano deve ser recorde: "Teremos nesta safra elevação de quase 100 mil toneladas. Produzimos 3,3 milhões nas três safras do ano passado e, este ano, produziremos 3,4 milhões de toneladas. Então, (a alta do preço) não foi por falta do produto, mas pela expansão do consumo turbinado pelo aumento de renda."

 

O pesquisador lembrou que a primeira safra de feijão deste ano enfrentou problemas climáticos, mas a segunda foi muito boa, superando as expectativas. A terceira, deve ser recorde. "O que está acontecendo não é problema com a oferta, nem de arroz e de feijão. Os comerciantes da Bolsinha, em São Paulo, onde é comercializado o atacado, seguraram um pouco o produto na esperança do preço se elevar, mas a perspectiva não se confirmou."

 

Mauro Lopes destacou, entretanto, que a escalada dos preços do arroz e do feijão não significou, maiores ganhos para os produtores por causa do aumento do custo do frete e da comercialização.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


Veja também

Rodízio: frete está mais caro na Capital

Davi Franzon   Empresas de transporte de cargas decidiram elevar o custo do frete nas cidades onde foram adotadas...

Veja mais
Morango receberá certificação

Mário Tonocchi A colheita de morango no Estado de São Paulo caiu de 5,602 milhões de caixas com qu...

Veja mais
Taeq, versão "chique" das marcas próprias

Claudia Facchini   A marca Taeq, lançada pelo Grupo Pão de Açúcar em 2006, não...

Veja mais
GBarbosa acirra guerra pelo mercado baiano

Camila Abud   SÃO PAULO - Para acirrar ainda mais o varejo nordestino, que mantém queda- de-bra&cce...

Veja mais
Carrefour investirá 15% a mais em marketing

Alexandre Melo   SÃO PAULO - A rede supermercadista líder do setor, Carrefour, composta por 190 pon...

Veja mais
Globex reestrutura comércio eletrônico da rede Ponto Frio

São Paulo - A Globex Utilidades S.A., que opera a marca Ponto Frio, uma das maiores redes varejistas do Paí...

Veja mais
Citricultor paulista teme prejuízo nesta safra

Com a colheita de variedades precoces já iniciada, a safra de laranja de São Paulo, que abriga o maior par...

Veja mais
Presidentes gastam 30% do dia com tarefas inúteis

Artigo escasso e precioso na agenda dos executivos da era global, o tempo hoje não pode ser desperdiçado. ...

Veja mais
Cesta básica sobe até 7,3% em julho, afirma Dieese

Em 2 das 16 capitais pesquisadas houve redução de preço; em SP, alta foi de 2,8% Pressão ma...

Veja mais