Pão de Açúcar garante que não houve queda no consumo com crise

Leia em 2min 10s

Desde a eclosão da crise, em setembro último, o Grupo Pão de Açúcar passou a monitorar minuciosamente o fluxo de clientes nos 597 pontos-de-venda da companhia a fim de detectar alguma alteração, mas até agora nenhuma foi percebida. Segundo José Roberto Tambasco, vice-presidente comercial e operacional, "há pouca alteração de consumo no varejo de alimentos, higiene e limpeza. Em não- -alimentos, a compra se mantém, mas com cautela".

 

O executivo destacou que o fluxo de clientes e o tíquete médio nas lojas mantêm um ritmo de crescimento considerável. As operações que têm registrado crescimento mais expressivo são bazar (utilidades domésticas), têxtil, drogarias e postos de combustível. Sem citar números, Tambasco afirma que a performance da rede está acima das expectativas. "Não tivemos impacto significativo da crise nas vendas", disse.

 

Na avaliação do presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, a companhia pode ganhar participação de mercado sobre redes menores de supermercados, que estão mais fragilizadas com a crise. "O momento é difícil, mas o varejo não vive uma crise generalizada. O aumento da renda, a ascensão das classes C e D ao consumo e a baixa inflação vão garantir a manutenção do consumo nos supermercados."

 

O vice-presidente comercial e operacional sinalizou ainda que as vendas nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste estão bastante aquecidas, principalmente nesta última, que agora está alinhada com o desempenho do restante do grupo.

 

Como parte de seu estudo estratégico, o Pão de Açúcar passou a suspender o funcionamento de parte das lojas que funcionam 24 horas sob a bandeira Extra. As filiais que apresentaram baixo fluxo de clientes durante a madrugada passarão a operar até a meia-noite. A ação vem ocorrendo em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Nordeste. A varejista diz que próximo destas unidades há um hipermercado que funciona 24 horas, o que garante o serviço em todas as praças onde a rede atua.

 

Expansão

 

Ainda a respeito dos efeitos da crise no setor, a paranaense Super Muffato também afirma que suas vendas ainda não foram abaladas. Entretanto, o diretor Ederson Muffato diz que a rede será mais cautelosa com a expansão, abrindo apenas um hipermercado este semestre, na capital Curitiba.

 

Monitoramento realizado desde setembro passado pelo Grupo Pão de Açúcar aponta a que o fluxo de clientes nas unidades da companhia não sofreu alteração. Apenas não-alimentos têm demanda "com cautela".

 

Veículo: DCI


Veja também

Setor ferroviário já vê avanço em projetos e busca expansão

O avanço, ainda que tímido, de projetos para a construção de novos trechos ferroviári...

Veja mais
Drogasil tem alta de 56,2% no lucro líquido

A Drogasil, uma das maiores redes de drogarias do País, divulgou ontem crescimento 56,2% no lucro líquido ...

Veja mais
Venda de ovos de Páscoa deve chegar a R$ 830 milhões

A Páscoa chegou forte ao varejo. Com a data, uma 'guerra' de 45 dias está declarada nos 600 mil pontos-de-...

Veja mais
Valor da cesta de compra cai 2% no Rio

O valor da cesta de compra na capital carioca, que equivale ao consumo médio de todas as famílias resident...

Veja mais
Mulheres influenciam em até 80% das compras no varejo

De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as mulheres são responsá...

Veja mais
Mais chocolate

A indústria de chocolates prevê faturar nesta Páscoa R$ 828 milhões, alta de 7,9% em rela&cce...

Veja mais
Banho de guaraná

A linha Vert, da Panvel, ganhou identidade visual moderninha e uma linha nova à base guaraná. Os produtos ...

Veja mais
Assai lucra mais de R$ 21 milhões e terá verba para crescer

O lucro líquido de R$ 21,8 milhões obtido em 2008 pelo Assai, rede cujo controle foi adquirido pelo Grupo ...

Veja mais
Lamy se propõe a mediar a briga dos genéricos entre o Brasil e a UE

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, disse ontem que está ...

Veja mais