Os países das américas do Sul, Central e do Norte contribuíram, de forma decisiva, para a construção de um novo padrão alimentar mundial, afirmou hoje a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, durante a 18ª Reunião Ordinária da Junta Interamericana de Agricultura (JIA), na cidade de Playa del Carmen, no México.
A ministra lembrou o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no aumento da produtividade nacional e na transferência de experiência para outros países. Conforme a assessoria do ministério, a ministra também destacou a necessidade de criação de um grupo de trabalho para harmonizar regras sanitárias e fitossanitárias entre os países americanos.
Na reunião dos ministros de Agricultura dos 34 países-membros do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Kátia Abreu disse que quando famílias se reúnem à mesa, em qualquer parte do mundo, têm muito a agradecer aos povos das américas.
“Tomate, batata, feijão, mandioca, algumas das mais saborosas frutas, o milho, todos esses alimentos têm papel central em nossa história, em nossa cultura. Eles estão presentes no dia a dia de bilhões de pessoas em todo o planeta.”
Kátia Abreu acrescentou que a prosperidade da agricultura na América tem contribuído para redução da fome e da extrema pobreza. Os embarques agrícolas do continente somaram US$ 441 bilhões em 2014, representando 39% das exportações mundiais do setor no período.
Pesquisa e inovação
Representantes de países como Estados Unidos, Costa Rica e México elogiaram a alta produtividade do Brasil e o papel da Embrapa na disseminação de pesquisa e inovação rural. Dentre os dez maiores países produtores, o Brasil registrou na última década o maior ganho de produtividade, tendo crescido 3,36% em média por ano. “O Brasil se orgulha de ser a nação com a maior e mais tecnológica agricultura tropical do planeta.”
De acordo com a ministra, há 40 anos os agricultores brasileiros produziam 1,4 tonelada por hectare. Hoje, esse número saltou para 4,5 tonelada/hectare, com aumento de 229% na produtividade. Além disso, o Brasil produziu na última safra agrícola mais de 208 milhões de toneladas de grãos, quantidade 331% maior que há quatro décadas.
“Sem saber, fizemos uma poupança verde, porque, se não fosse a Embrapa, se não tivéssemos feito pesquisa, precisaríamos do triplo de terra para produzir essas 208 milhões de toneladas.”
Segudo Kátia Abreu, a Embrapa está à disposição de todos e pode cooperar com a América. “A instituição é um dos maiores orgulhos nacionais, um dos pilares do desenvolvimento agropecuário e agente gerador e disseminador de conhecimento, não só em nosso país, mas também em outros países da América e da África”, concluiui.
Veículo: Jornal Estado de Minas - MG