A tradição americana de realizar grandes promoções na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças, conhecida como.
Black Friday, ganhou força por aqui. É a hora de comprar aquele produto tão desejado a preços baixos. Os sites de comércio eletrônico estão mobilizadíssimos. Por esta razão, os Correios montaram uma verdadeira operação de guerra para atendê-los. A empresa já finalizou seu plano de ação para fazer frente ao aumento de fluxo de encomendas que ocorre durante o período promocional da Black Friday que, em terras brasileiras, dura até o fim do ano.
Segundo Janio Pohren, vice-presidente de encomendas dos Correios, várias providências já foram adotadas para atender às necessidades dos lojistas nesse período, incluindo ações para controle e execução operacional, composição do quadro de mão de obra e montagem da infraestrutura logística para garantir as entregas.
Todo esse aparato foi organizado com base em projeções da demanda, expectativas de vendas dos principais clientes, análises de mercado e histórico de anos anteriores. Os Correios vão operar à plena capacidade, com seus 43 Centros de Triagem, mais de 1.100 Centros de Distribuição e 26 mil veículos. Também foram dimensionados recursos temporários para aumento da capacidade de coleta, tratamento, transporte e entrega.
“Os Correios possuem contratos com transportadoras para realização de rotas de transporte extra, visando ao atendimento em sazonalidades com pico de demanda, como a Black Friday e o Natal”, assinala o vice-presidente. Segundo ele, já há previsão de trabalhos em fins de semana e reforço no atendimento pós-venda aos clientes do comércio eletrônico. “Além disso, instalamos um grupo de gerenciamento nas regiões para solução rápida de possíveis problemas”, elenca Pohren.
A mão de obra também foi preparada para enfrentar a “maratona”. Os Correios possuem um efetivo de 120 mil empregados, sendo 60 mil carteiros e 14 mil operadores de triagem que atuarão na operação Black Friday. Além desse efetivo, foi feito um dimensionamento de pessoal temporário, que tomou como base a projeção de aumento de carga no período. No total, cerca de duas mil pessoas serão agregadas ao quadro. Pohren explica que o principal desafio é a absorção do grande volume de encomendas no fluxo postal num curto período de tempo, bem como a realização de todas as entregas dentro dos prazos definidos. Mas ele assegura que os Correios possuem uma estrutura logística preparada esse tipo de operação e garantirá a prestação dos serviços com os melhores índices de qualidade.“A expectativa é de que, em 2015, o volume de encomendas seja 20% superior ao registrado em 2014”, diz.
Os Correios são líderes no mercado de entrega de encomendas do comércio eletrônico e, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, nove em cada dez lojistas que operam no e-commerce utilizam os serviços da empresa. Janio Pohren informou ainda que os níveis de serviço praticados para o SEDEX (expresso, com entregas no dia seguinte nas capitais) e para o PAC (serviço de encomenda da linha econômica para o envio exclusivo de mercadoria) serão mantidos no período.
Veículo: Jornal O Globo - RJ