A meta do governo brasileiro - que deve ser anunciada durante a convenção global do clima, a COP21, em Paris - de produzir 50 bilhões de litros de etanol até 2030 poderia causar maior volatilidade no mercado de açúcar, ao desestabilizar o balanço de produção de açúcar e etanol.
A avaliação foi de Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, durante seminário da Organização Internacional do Açúcar (OIA), em Londres. A imposição do aumento da produção e exportação de etanol poderia reduzir a capacidade de produtores em escolher entre as duas commodities de acordo com os fundamentos de oferta e demanda, disse. Nastari afirmou, ainda, que o recente aumento dos preços de açúcar no mercado internacional não é suficiente para incentivar investimentos no aumento da capacidade de moagem de cana-de-açúcar no Brasil.
As dívidas das usinas são altas para permitir programas de investimento nos preços atuais, segundo ele. As mudanças climáticas e o aquecimento global devem elevar a volatilidade dos preços do açúcar no mercado internacional, afirmou o analista Jonathan Kingsman, durante seminário da OIA.
Veículo: Jornal DCI