Órgãos de defesa do consumidor dão orientações para não haver prejuízos na hora da compra.
Com a expectativa de gerar quase R$ 20 milhões em negócios apenas no Recife, a Black Friday, maior data do calendário promocional brasileiro, acontece nesta sexta-feira tanto no comércio eletrônico quanto nas lojas físicas de todo o país. Mesmo com a crise, a data está sendo vista como uma salvação para as contas do varejo, uma vez que, justamente por causa do aperto, os consumidores estão sedentos por descontos e ofertas. Antes de se render às promoções, o consumidor precisa ficar atento. Por isso, os órgãos de defesa do consumidor destacam três dicas essenciais: pesquisar, analisar com calma as referências dos produtos e serviços oferecidos na oferta e monitorar o cartão de crédito durante e após a compra.
“Devido à preferência dos itens da Black Friday, que tem como mais procurados os eletroeletrônicos e itens de informática, é preciso cuidado, principalmente em verificar assistências técnicas perto de sua residência ou na sua cidade, e também conferir se o está fora de linha, porque isso pode significar prejuízos futuros”, explica Maria Dolce Inês, coordenadora da Associação Nacional de Defesa do Consumidor (Proteste). Segundo ela, a primeira recomendação sempre é pesquisar os itens que você quer comprar antes da data. “Entre nos sites, busque em outras lojas, verifique preços, vá às lojas físicas, pegue encartes. Isso tudo vai fornecer a você uma base que vai lhe ajudar a identificar as verdadeiras promoções na data.”
Ela ressalta que esse “exercício de paciência” deve continuar na sexta-feira, com a avaliação dos preços, prazos de entrega, detalhes dos itens e formas de pagamento antes da compra. “O prazo de entrega, no caso de quem vai comprar online, é muito importante porque, pelo aumento de demanda, ele não vai ser semelhante ao praticado normalmente”, recomenda Maria Dolce. Ela lembra que a forma de pagamento vai influenciar na compra, pois os consumidores poderão conquistar maiores ofertas nos itens comprados à vista.
Flávio Sotero, diretor do Procon Pernambuco, ressalta que, ultrapassar o prazo, vender produtos com defeito sem avisar ao consumidor, entregar itens errados ou diferentes dos especificados indicam o descumprimento da oferta, fato que pode ser resolvido no Procon ou até na Justiça. “Produtos com defeito e vícios de fábrica devem ser trocados obrigatoriamente, mesmo que a loja especifique que não fará a troca de itens em oferta. Se a compra for na internet, o consumidor tem sete dias para devolver, não importando o motivo”, acrescenta.
Outra questão preocupante para o Procon diz respeito às fraudes bancárias, que podem ocorrer pelo aumento da demanda de compras online. Sotero recomenda que o consumidor proteja-se observando o site que você vai comprar, entrando em contato com o cartão após a compra para monitorar o que foi aprovado e conferindo com a fatura.
Veículo: Jornal Diário de Pernambuco