Enquanto em outubro a variação foi de 4,5% em novembro a alta foi de 2%, segundo Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). O custo para se produzir um litro de leite varia entre R$ 0,80 e R$ 0,85 dependendo da região e do sistema produtivo. Os produtos mais onerosos são os combustíveis e lubrificantes com participação de 7,9% na composição dos gastos e implementos minerais, com 6,6%.
O custo tende a reduzir um pouco nos próximos meses e a captação deve manter a alta com a melhoria das pastagens. Com isso, os produtores vão reduzir os gasto com alimentação, embora os pecuaristas que trabalham com manejo de pastagem utilizem outros insumos, como fertilizantes, que estão mais caros.
“Porém, o retorno é mais garantido para quem tem uma pastagem diferenciada, conseguindo ter melhor qualidade no leite e produtividade maior do rebanho”, ressalta o analista de Agronegócio e coordenador do programa Balde Cheio da Faemg, Wallisson Lara Fonseca.
Para dezembro, a expectativa é de queda nos preços pagos pelo leite. De acordo com o Cepea, 45,7% das cooperativas e laticínios entrevistados, que representa 51,6% do leite amostrado, acreditam que o recuo deve se manter em dezembro. Por outro lado, 42,9% dos entrevistados, que representam 47,7% do volume amostrado, indicam estabilidade. E apenas 11,4% acreditam em alta.
“A tendência é que a captação nos últimos meses de 2015 seja maior, por isso, o produtor precisa ter o comando da atividade leiteira para que em momento de preços baixos ele se sobressaia. A gestão da atividade e o acompanhamento de perto dos custos é fundamental para a tomada de decisão e para manter a margem de lucro com a atividade”, recomenda Fonseca.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG