Dois em cada dez consumidores brasileiros fazem compras por impulso com frequência, aponta pesquisa da SPC Brasil divulgada nesta terça-feira (15). Com a falta de planejamento, 40,1% desse grupo estão com o nome sujo nos serviços de proteção ao crédito.
De acordo com o levantamento, todos os entrevistados cedem às compras por impulso em pelo menos um dos 45 produtos investigados. Para 46,6%, no entanto, a impulsividade é considerada de grau médio.
Os locais mais recorrentes para esse tipo de compra são as lojas de rua (34,6%), o shopping-center (21,5%), o supermercado (15,2%) e as lojas virtuais (11,6%).
Entre os produtos, os mais frequentemente adquiridos por impulso são alimentos e bebidas: pães (42,1%), leite (39,6%), cafés (36,4%), sucos (31,2%) e biscoitos (27,6%). O local mais usual para a compra de itens desse segmento é o supermercado (84,5%).
Em seguida, aparecem produtos eletrônicos, como os celulares (24,8%) e os computadores e tablets (21,8%). Já entre o segmento de roupas, calçados e acessórios, os itens mais adquiridos são bolsas e mochilas (20,9%) e calçados (20,1%).
Gratificação imediata
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os resultados indicam que o consumo impulsivo muitas vezes está ligado à possibilidade de gratificação imediata.
Quando avaliados sobre a tendência a atitudes impulsivas no momento da compra, quatro em cada dez (41,0%) concordaram com a expressão "às vezes compro coisas no calor do momento", aumentando para 50,1% entre aqueles com alto grau de impulsividade. Também merecem menção as frases "costumo comprar coisas espontaneamente" (38,1%) e "às vezes sou imprudente da forma como compro" (37,9%).
"Quanto mais impulsivos são os consumidores, mais são sensíveis à busca de satisfação imediata e dificuldades de resistir às compras, que podem, inclusive, ser incompatíveis com a realidade financeira do consumidor", diz a economista em nota.
Veículo: Portal G1