Pesquisa de preços de material escolar divulgada ontem pelo Procon de São Paulo indicou variação de até 420% no valor dos itens em diferentes lojas. Em comparação com o levantamento feito pelo órgão em janeiro de 2015, foi registrado aumento médio de 6,02% nos preços.
A borracha de látex branca, que custa R$ 0,48 na zona norte paulistana, é vendida por cinco vezes mais (R$ 2,50) em uma papelaria da zona oeste. A variação (420%) foi a maior encontrada para um mesmo produto em estabelecimentos diferentes. Para o estojo com 15 cores de giz de cera, a diferença chegou a 336,84%. O produto custa R$ 1,90 em um estabelecimento e R$ 8,30 em outro.
O caderno de dez matérias teve variação de 73,87%, sendo cotado a R$ 22,20 na papelaria mais barata e a R$ 34,60 na mais cara. Esse mesmo produto tem, no entanto, versões mais econômicas, dependendo da imagem da capa. As versões com imagens de super-heróis ou marcas famosas ficam ,em média, entre R$ 23,05 e R$ 25,24. A versão sem esse tipo de referência foi encontrada pelo preço médio de R$ 8,73, sendo R$ 6,90 no estabelecimento com menor preço e R$ 10,46 na mais cara.
Para evitar preços altos, o Procon destaca que nem sempre o material mais sofisticado é de melhor qualidade ou atende melhor aos estudantes. "Evite comprar materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados, porque geralmente os preços são mais elevados", ressalta o órgão de defesa do consumidor.
A caneta esferográfica chega a custar quase três vezes mais ao comparar o maior preço com o menor, R$ 0,55 em um estabelecimento e R$ 1,35 em outro. Para ajudar os pais a economizar, o Procon recomenda que seja feita uma avaliação do que sobrou de material escolar do ano anterior, para evitar compras desnecessárias. Além disso, é importante comparar preços, visitando diferentes locais, pesquisando pela internet e guardando material publicitário, que também significa comprometimento da loja com aquele valor.
Veículo: Jornal DCI