Os preços globais de alimentos caíram em janeiro para próximo de uma mínima em sete anos, pressionados por quedas em todo o setor de commodities alimentícias, particularmente no açúcar e nos laticínios, disse ontem a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O índice de preços da FAO, que mede as variações mensais em uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, ficou na média de 150,4 pontos em janeiro, ante 153,4 pontos da média revisada do mês anterior. A queda nos preços, segundo a FAO, é resultante da oferta ampla, da desaceleração da economia global e do fortalecimento do dólar.
A queda de 1,9% ante dezembro segue um recuo de quase 19% ao longo de 2015, a quarta redução anual consecutiva.
Os alimentos nos mercados internacionais em janeiro estavam 16% mais baratos que um ano antes, disse a FAO.
A maior queda observada foi no açúcar, cujo indicador recuou 3% na mesma base de comparação. No segmento de laticínios, houve queda de 3%, em janeiro em relação a dezembro de 2015.
A entidade também publicou avaliação sobre a produção de cereais neste ano, que não é clara em razão do El Niño, fenômeno climático que provoca chuvas em excesso ou estiagens severas em todo o mundo.
De acordo com a FAO, as safras do hemisfério sul tendem a ser mais impactadas. No geral, espera-se uma produção total de 2,531 bilhões de toneladas de grãos, acima das 2,527 bilhões de toneladas do ano passado.
Veículo: Jornal DCI