Muitos plantaram antes da época ideal. Previsão é de tempo seco até a colheita, mas o clima é de otimismo.
A chuva das últimas semanas animou os agricultores de várias regiões do Nordeste. Muitos plantaram antes da época ideal e, apesar da previsão de tempo seco até a colheita, o pessoal está otimista.
A vegetação voltou a ficar verde em Caruaru no agreste de Pernambuco. O cenário trouxe esperança para os cerca de 30 mil agricultores familiares do município, que estavam sofrendo com a estiagem há dois anos. Nesse período, a produção de milho e feijão, principais cultivos da região, diminuiu de 1,3 mil toneladas para 100 toneladas.
A esperança começou a surgir no fim do ano passado quando o céu ficou nublado antes do que se esperava.
O histórico de falta de chuvas fez alguns agricultores mudarem os hábitos. Antes eles esperavam o mês de março, que é o início do período de chuva na região, mas assim que as chuvas começaram a cair, alguns deles já estavam plantando.
A Agência Pernambucana de Águas e Clima explica que as chuvas que estão caindo são incomuns para a região. Em janeiro de 2016 foram 74 milímetros, três vezes mais do que em janeiro de 2015. Mesmo assim, a previsão é de que as chuvas de agora em diante fiquem abaixo da média histórica.
No Piauí, se depender da chuva, não vai faltar feijão na roça de Maria Antônia, mas o mesmo não dá para dizer do arroz e do milho. E não foi pela ausência de chuva, foi pelo excesso dela. A roça está plantada ao lado do Rio Mucaitá e está completamente encharcada. Mas isto não afasta o otimismo dos agricultores de Nazaré do Piauí.
A cheia do Rio Mucaitá acabou trazendo outro problema para os agricultores. A água invadiu a estrada que dá acesso a parte da zona rural e passar por ali, só na base de muito trabalho.
Mesmo assim, chuva por lá, não é motivo de lamentação. É ela que vai compensar as perdas da safra passada.
Veículo: Portal G1