Alpargatas prevê expansão e investimento maiores este ano

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Dona das marcas Havaianas, Rainha e Topper, a Alpargatas prevê crescer neste ano mais do que os 18,7% registrados em 2008, quando a receita bruta consolidada da empresa somou R$ 1,9 bilhão. "Não estamos sentindo os efeitos da crise. Nossos produtos têm um preço acessível e acreditamos que vamos aumentar nossa fatia de mercado", disse Márcio Utsch, presidente da Alpargatas. A companhia vai investir neste ano R$ 109 milhões, sendo R$ 89 milhões na unidade brasileira e o restante na Alpargatas Argentina, adquirida em outubro de 2008.

 

Os recursos para as duas unidades serão usados para melhoria de produção e desenvolvimento de novos produtos. O volume é superior aos R$ 70 milhões investidos em 2008.

 

Apesar do aumento na receita, o lucro líquido da Alpargatas no ano passado foi de R$ 173,1 milhões, contra R$ 211,1 milhões apurados em 2007. "No balanço anterior, contabilizamos a venda de um imóvel de R$ 47 milhões e houve um saldo maior de uma aplicação financeira. Descontados esses dois itens, o resultado final empata", explicou Francisco Cespede, diretor de relações com investidores da Alpargatas.

 

No quarto trimestre, o lucro líquido da empresa atingiu R$ 74 milhões, um avanço de 33% em relação ao mesmo período de 2007. Comparando com o terceiro trimestre, antes da crise, o crescimento foi ainda maior, uma vez que o lucro na época somou R$ 40,8 milhões.

 

A Alpargatas chegou ao final de 2008 com 215 milhões de pares vendidos, 26 milhões a mais do que o comercializado no ano imediatamente anterior.

 

Questionado sobre o pedido do setor calçadista brasileiro de criar barreiras para a entrada de sapatos de outros países, o presidente da Alpargatas afirmou que é contra tal protecionismo. "Não sou favorável a essa medida. O mercado precisa ser global. Acredito que o consumidor deixa de ter acesso a produtos e inflaciona os preços do setor", disse Utsch.

 

A Alpargatas é uma grande exportadora de calçados, principalmente de Havainas. As operações internacionais representam 12,3% da receita bruta consolidada e 15% do volume, o que representa 33 milhões de pares. Em 2008, a receita bruta de vendas para outros países foi de R$ 240,8 milhões, alta de 132% quando comparado a 2007. "O crescimento é resultante do aumento de 19% no preço médio do calçado e da variação do dólar", explicou o presidente da Alpargatas. Ele destaca ainda o crescimento no número de varejistas americanas vendendo os produtos da Alpargatas, que hoje é de 2 mil pontos de venda.

 

Segundo Cespede, a maior parte do endividamento de R$ 438 milhões é em moeda nacional e de longo prazo. Deste montante, R$ 304 milhões referem-se à São Paulo Alpargatas e R$ 134 milhões à Alpargatas Argentina. "Levando-se em consideração o nosso caixa, a dívida líquida é de R$ 177 milhões", explicou.

 

Veículo: Valor Econômico


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