As demandas da sociedade por uma alimentação adequada e saudável farão parte do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PlanSan) para o período 2016-2019. Com o objetivo de avaliar desafios e propor metas, nesta quarta (9) e quinta-feira (10), cerca de 100 gestores e técnicos do governo federal estarão reunidos em Brasília. A segunda edição do PlanSan está prevista para ser publicada em maio deste ano.
Entre as principais demandas que farão parte do documento está o enfrentamento à obesidade, o combate à insegurança alimentar e nutricional de grupos populacionais específicos, como quilombolas e indígenas, e a ampliação da produção, do abastecimento e do consumo de alimentos saudáveis. “Não podemos nos deixar acomodar pelos bons resultados que obtivemos. Temos muito a fazer para que todas as famílias tenham o seu direito humano a uma alimentação saudável e adequada garantido”, afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.
A primeira edição do PlanSan, que vigorou de 2012 a 2015, trazia o combate à fome como uma das principais diretrizes para o governo federal. Os objetivos foram incorporados pelas políticas públicas e apoiaram o país na saída do Mapa Mundial da Fome, de acordo com Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). “Além de reduzirmos em 82% o número de subalimentados, também contribuímos para a queda da mortalidade infantil, da desnutrição, do déficit de estatura das crianças mais pobres e aumentamos a renda da população”, explica a diretora de Estruturação e Integração de Sistemas Públicos Agroalimentares do MDS, Patrícia Gentil.
Mesmo com os avanços conquistados nos últimos anos, segundo a diretora, o enfrentamento à insegurança alimentar de povos e comunidades tradicionais não saiu do radar do governo federal. “É um grupo que precisa de um olhar com uma lupa para que, junto com estados e municípios, consigamos atingi-los de uma forma mais organizada, mais efetiva, de acordo com cada realidade local.”
A obesidade e as doenças causadas pela má-alimentação também já estão combatidas pelo governo federal. Desde novembro, a partir de decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff, a União, estados e municípios estão sendo sensibilizados para aderir ao Pacto Nacional para Alimentação Saudável. “Não queremos entrar no Mapa do sobrepeso e da obesidade. Temos um cenário preocupante relacionado ao aumento das doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Para reverter a situação, devemos melhorar a qualidade da alimentação.”
A redução da pobreza e a ampliação do acesso à água, além da consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e a promoção de um maior diálogo internacional, também estão na pauta do PlanSan. Estes desafios foram apontados a partir das demandas apresentadas durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em 2015, e do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019.
Serviço
Seminário para a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
Quando: Quarta (9) e quinta-feira (10), a partir das 9h
Onde: Hotel Nacional – Setor Hoteleiro Sul quadra 1 bloco A – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação do Ministério do Desenvolvimento social e Combate à Fome-08.03.2016