Consumo de itens comercializados nas grandes redes varejistas tem aceitação em mais de 18 milhões de domicílios
A crise financeira internacional já mudou os hábitos dos brasileiros em diversos aspectos e, agora, é a vez dos produtos de marcas próprias, que, segundo a Abmapro (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização), devem ganhar mais espaço no carrinho do consumidor.
O motivo, disse a associação, são os preços, que, em comparação com outros produtos, podem ser até 20% mais baratos. Dessa forma, a mudança no cenário econômico favorece o setor, já que há uma tendência maior do consumidor em experimentar itens com a marca do varejista e do atacadista, a fim de comprovar a relação custo-benefício.
"A marca própria é uma opção que contribui para que o poder aquisitivo do consumidor não seja tão afetado, pois os produtos mantêm a qualidade esperada com um diferencial de preço de até 20%", explicou a presidente da instituição, Neide Montesano.
Cliente potencial
Ainda segundo a entidade, dados da Nielsen mostram que o número de itens de marca própria cresceu 31%, entre agosto de 2007 e julho do ano passado. Além disso, eles já podem ser encontrados em aproximadamente 18 milhões de domicílios, o que equivale a 48,9% das residências do país.
Outra pesquisa, realizada no ano passado pela LatinPanel, mostra que 67% das famílias brasileiras já consumiram marca própria no país, das quais 9% se tornaram clientes fiéis. O estudo revelou ainda que a maioria destes consumidores é composta por donas de casa com mais de 40 anos, cujas famílias possuem três ou quatro integrantes.
Veículo: Jornal do Commercio - AM