Em contramão aos mais de 80 mil fechamentos registrados no varejo físico no ano passado, as operações no comércio eletrônico (e-commerce) saltaram 21,52% nos últimos 12 meses, encerrados em fevereiro último.
O estudo "Perfil do E-commerce Brasileiro", realizado pela BigData Corp. sob encomenda do PayPal Brasil, analisou cerca de 10,5 milhões de sites em todo o País e mostrou o crescimento entre as lojas on-line no País. Os sites de comércio eletrônico, que representavam 2,65% do total das URLs brasileiras no ano passado, agora respondem a 3,54% do universo apurado.
Outro dado que demonstra uma migração de estabelecimentos para o ambiente on-line é a diminuição do número de lojas on-line que também possuem lojas físicas. Em 2015 eram 14,53%, hoje são 13,46%. As redes sociais parecem estar ganhando cada vez mais força como forma de alavancar as vendas do e-commerce.
A pesquisa apontou ainda uma maior preocupação do setor com o uso das redes sociais. De acordo com o estudo, 60,71% dos sites de comércio eletrônico brasileiros usam as redes sociais para turbinar vendas e promoções. O Facebook é o preferido, com 54,96%. Em seguida vêm Twitter, com 35,87%; YouTube, 20,80%; e Instagram, 9,32%.
"A pesquisa demonstra, de forma inequívoca, que o mercado de vendas on-line começou a entender que precisa se tornar protagonista. O futuro das compras no varejo está na internet, e elas acontecerão, cada vez mais, via smartphone e devices portáteis de maneira geral", afirmou o CEO da BigData Corp., Thoran Rodrigues, por meio de nota.
Demanda maior
Pesquisas do mercado apontam que pelo menos 50% das vendas off-line são baseadas por prévias buscas on-line. Com o crescimento da demanda e o aumento efetivo das vendas no segmento, as empresas buscam também operações mais assertivas e que permitam uma gestão inteligente, voltada a redução de custos.
Na opinião do vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Mariano de Faria, a economia do setor está baseada na tecnologia da informação e na logística. "Com a nova regra do ICMS, a terceirização dos centros de distribuição [CDs] passou a ser mandatária". O executivo, que é coCEO e sócio da VTEX, empresa de tecnologia para e-commerce, afirmou na fase atual do ICMS, ter operação própria de CD "é ter desvantagem competitiva". Para ele, a tendência é analisar operadores de fullfilment, que oferecem todas as soluções envolvidas com o fluxo dos CDs.
Veículo: Jornal DCI