Importações de calçados têm alta de 49% no primeiro bimestre

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Mesmo com a mudança no câmbio, as importações de calçados continuam avançando a altas taxas no País. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o setor encerrou o primeiro bimestre com um aumento de 49% nas importações. O montante - consideradas as partes de calçados e produtos acabados - saiu de US$ 27,4 milhões, nos dois primeiros meses de 2008, para US$ 40,8 milhões no mesmo período deste ano.

 

Por outro lado, as exportações acentuaram a trajetória de queda, e foram 24% menores, saindo de US$ 368,6 milhões no início de 2008 para US$ 280,1 milhões no primeiro bimestre de 2009. Em volume, houve queda de 26%, de 39 milhões de pares para 28,8 milhões. A diferença nas variações ficou por conta do preço médio dos exportados, que ficou em US$ 9,71 no primeiro bimestre, 2,8% mais que um ano antes.

 

O desempenho na balança comercial é um dos principais fatores apontados pela Abicalçados para a retração do setor - no último trimestre de 2008, a indústria calçadista demitiu 42 mil pessoas.A maior queda nos embarques foi sentida no Rio Grande do Sul, principal polo exportador do País, com quase 60% do faturamento vindo do mercado externo. O estado faturou US$ 160,7 milhões no bimestre, queda de 29,55% sobre mesmo período do ano passado. Foram 7,7 milhões de pares no total, 39,4% menos.

 

Em volume, as exportações são lideradas pelo Ceará, que embarcou 13,1 milhões do total de 28,8 milhões de pares vendidos pelo País ao exterior. O volume no estado nordestino foi 21,9% menor que nos meses de janeiro e fevereiro do ano passado, e, em receita, houve queda de 7,6%, para US$ 13,1 milhões.

 

Em São Paulo, a queda chegou a 40,4%, para US$ 19,4 milhões. Foram despachados 1,2 milhão de pares do estado paulista, 38,9% menos do que há um ano.

 

Os Estados Unidos continuam sendo o maior comprador do País, embora, como aconteceu com os principais destinos dos produtos brasileiros, tenham reduzido as compras. Os norte-americanos importaram 8,6 milhões de pares, 32,8% menos. A queda das compras inglesas foi de 39,4%.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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